ARTIGOS
Domingo, 31 de Janeiro de 2010, 17h:07 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Comunista diz que polarização mata 3ª via e vê Silval mais viável
O presidente regional do PCdoB, Miranda Muniz, considera que, pelo desenho do quadro eleitoral, a disputa presidencial deverá ter caráter plebiscitário. Observa que o eleitor terá de decidir pela candidatura que vai simbolizar a continuidade do ciclo das mudanças iniciado em 2002, com a eleição de Lula à Presidência, representada nessa caso pela petista Dilma Rousseff, ou pelo que chama de candidatura das forças neoliberais, com o tucano José Serra.
Já em âmbito estadual, o comunista "puxa sardinha" para o peemedebista Silval Barbosa, um dos pré-candidatos a governador. Entende que a polarização nacional sepultou a tese da terceira via, que seria com Mauro Mendes (PSB). Em artigo, ele escreve que "a realidade vem demonstrando que o vice Silval é o candidato mais viável". Em seguida, explica o porquê: "foi o candidato lançado pelo govenador Blairo Maggi, tem apoio quase que irrestrito do PMDB (salvo o prefeito Zé do Pátio, até agora) e do PR, tem simpatia do PT e de expressivos segmentos do PP e até do DEM, possui equilíbrio, ponderação e tem demonstrado ser um bom articulador político, qualidades indispensáveis a quem pretende comandar essa grande empreitada".
Eis, abaixo, a íntegra do artigo assinado pelo presidente do PCdoB/MT
Pela unidade das forças mudancistas!
Diferentemente das eleições de 2008, onde os interesses locais eram a tônica, na disputa de 2010 deve prevalecer os interesses nacionais, simbolizados pelas candidaturas à presidência e seus projetos para o Brasil. Pelo andar da carruagem a disputa presidencial deverá ter caráter plebiscitário, onde o povo brasileiro terá que decidir pela candidatura que vai simbolizar a continuidade do ciclo das mudanças iniciado em 2002, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representada pela candidatura Dilma, ou pela candidatura das forças neoliberais, representada pela candidatura Serra.
É em consonância com essa conjuntura nacional que as secções estaduais dos diversos partidos celebrarão suas alianças, salvo raras exceções, em que pese não mais existir a famigerada e esdrúxula figura da “verticalização.”
A exemplo do quadro nacional, aqui em Mato Grosso a disputa eleitoral caminha para uma polarização entre o conjunto de forças aliadas aos dois projetos políticos em disputa nacionalmente, com possibilidade de alguma variação em virtude de interesses regionais. É que a polarização nacional praticamente sepultou, aqui em Mato Grosso, a possibilidade da chamada “terceira via” (ou primeira como diziam alguns). Indecisões do pretenso candidato Mauro Mendes e do presidente estadual do PSB também contribuíram para isso.
Assim, o caminho a ser trilhado pelas forças mudancistas deverá ser a busca da unidade, evitando a dispersão, já no primeiro turno. Tal agrupamento político deverá ter como força motriz os partidos da base governo Lula (PMDB, PR, PT, PP, PSB, PCdoB, PDT, PRB, PMN e outros), sob um programa que avance muito mais em relação ao atual governo estadual, em especial nas áreas da saúde, segurança pública, educação e que possibilite a abertura de efetivos canais de participação da população na definição dos rumos da nova administração.
Nessa equação, há duas incógnitas a serem resolvidas: primeira, o candidato a governador; segunda, os espaços a serem ocupados pelos partidos da aliança. Quanto ao candidato, a realidade vem demonstrando que o vice Silval é a mais viável: foi o candidato lançado pelo govenador Blairo Maggi, tem apoio quase que irrestrito do PMDB (salvo o prefeito Zé do Pátio, até agora) e do PR, tem simpatia do PT e de expressivos segmentos do PP e até do DEM, possui equilíbrio, ponderação e tem demonstrado ser um bom articulador político, qualidades indispensáveis a quem pretende comandar essa grande empreitada.
Quanto aos espaços a serem ocupados, parece não haver resistências à destinação das vagas ao senado (uma para o PR, com Blairo Maggi, e outra ao PT, com Abicalil ou Serys) e que a vice estrategicamente deveria ser ocupada por alguma liderança da “Baixada Cuiabana” filiada a outro partido coligado. Um desprendimento na discussão e definição das suplências dos candidatos a senadores também seria fator facilitador da construção desse amplo arco de alianças.
Miranda Muniz é engenheiro agrônomo, bacharel em Direito, oficial de Justiça, avaliador federal e presidente estadual do PCdoB em MT
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Comentários (2)
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chacal | Segunda-Feira, 01 de Fevereiro de 2010, 00h0200
faltou colocar no curriculum vitae do denilson o parentesco com o walter mercado, saiba ja.
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Denilson | Domingo, 31 de Janeiro de 2010, 20h4900
Concordo contigo Miranda. Não gosto do vice governador, mas muito provavelmente votarei nele, em nome das casas populares, do Bolsa família, do ProUni e outros grandes projetos de inclusão e distribuição de renda. Admiro muito o Zé do Pátio, mas sinto q ele está muito mais preocupado c seus projetos pessoais q com o avanço das conquistas populares. parabéns pela isenção e lucidez nas avaliações.
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