PALÁCIO PAIAGUÁS
Silval sofre pressão de deputados para exonerar Daldegan da Sema
30/01/2010, 08h:02 - Atualizado: 26/12/2010, 12h:25
Silval Barbosa, que assume a cadeira de governador em 31 de março, começa a sofrer pressão política para mudar o comando do Meio Ambiente, que está sob Luís Henrique Daldegan há quatro anos. Um dos que mais fazem lobby para indicação de cargo numa das mais complexas e problemáticas pastas da máquina estatal é o empresário da região de Barra do Garças e deputado Adalto de Freitas, o Daltinho, do PMDB, mesmo partido de Silval. O parlamentar recebeu uma multa milionária por desmatamento e tenta de todas as formas anulá-la. Tem interesse direto na nomeação de um outro secretário. Seus emissários acham Daldegan um tanto radical nas negociações para perda da multa.
A bancada do PP, sob o cacique e presidente da Assembleia José Riva, também bate duro pela queda de Daldegan. Mesmo assim, Silval, que toma posse como governador e buscará a reeleição, sinaliza pela permanência do secretário. Depois de tentar "colar" sua imagem no governador Blairo Maggi e até de convidar a primeira-dama Terezinha para continuar na área social da administração, o peemedebista percebeu que precisa mudar conceitos, principalmente numa área tão técnica e emblemática como o meio ambiente. A tendência é de não se vincular tão sistematicamente a Maggi e de resistir às pressões políticas. Cabe à Sema fiscalizar ilícitos ambientais, licenciamentos de empreendimentos em propriedades rurais e implementar política de recursos hídricos, já que busca avaliar a qualidade de projetos, como de irrigação, e ainda monitorar a água dos principais rios.
Por mais que a oposição vive contrapondo números, o fato é que, com Daldegan, a pasta do Meio Ambiente conseguiu tirar Mato Grosso das piores estatísticas. Reduziu os índices de desmatamento e queimadas e não é mais o campeão em desmatamento na Amazônia. Pará assumiu o topo. Embora não tenha regulamentado, já que depende de amarrações a leis federais, o governo criou o Programa Mato-Grossense de Legalização Ambiental Rural, que disciplina as etapas do processo de licenciamento ambiental de imóveis da zona rural. Na prática, o MT Legal sugere mapear e restaurar os passivos ambientais e fazer a preservação de áreas que compõem as matas ciliares e nascentes. Maggi saiu da condição de "estruprador da Amazônia", como era batizado internacionalmente, para "gestor preocupado com as questões ambientais". É homenageado hoje até por Ongs.
Em meio a tantos desgaste e operações policiais, que resultaram em prisões de servidores e de madeireiros, a Sema, com um quadro de 800 pessoas e um orçamento anual de R$ 76 milhões, iniciou uma fiscalização mais dura. Embargou várias áreas, além de aplicar multas milionárias. O governo continua, porém, enfrentando problemas, mesmo com o discurso de que a secretaria de Meio Ambiente é hoje a mais estruturada dos Estados da Amazônia. Há, por exemplo, uma insegurança jurídica e documental, o que "trava" principalmente as propriedades rurais. Às vezes, o proprietário ingressa com pedido de Licença Ambiental Única (LAU) e surgem questionamentos sobre desmate feito há algum tempo. Torna-se necessário, nesse caso, fazer toda uma checagem, inclusive em áreas consolidadas, o que empurra por alguns meses a conclusão da análise processual.
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Comentários (18)
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Antonio Paulo | Domingo, 31 de Janeiro de 2010, 18h2500
Daldegan conseguiu aprovar todos os projetos de interesse do governador e suas empresas,por isso ele ainda tá aê,é prepotente,arrogante com os pequenos e totalmente subserviente com os "grandes",ñ tá nem aê pro meio ambiente e é capaz de qualquer coisa pra se manter no cargo,Silval, vc até pode ganhar meu voto e de minha família,se tirar este moço da SEMA.
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Marcelo Miranda | Domingo, 31 de Janeiro de 2010, 08h1800
ESTA PRESSÃO É MUITO NATURAL, POIS QUEREM FERIR OU PUNIR ALGUÉM? BASTA TOCAR LHES NO BOLSO, PARA ELE SE ENCOMODAREM, ARTICULAREM PARA TENTAR AFASTAR O PUNIDOR, KKK. POR OUTRO LADO OS NÚMEROS, AS ESTATÍSTICAS SÃO SUSPEITAS, POIS SÃO SUJEITAS A MANIPULAÇÃO DE ACÔRDO COM CONVENIÊNCIAS. MAS A REALIDADE É QUE O SILVAL NÃO AFASTARÁ O DALDEGAN, POIS (VERDADEIROS OU FALSOS) OS NÚMEROS APRESENTADOS SÃO POSITIVOS DEMONSTRANDO UMA MELHORA. POR OUTRO LADO ENQUANTO A SEMA (DALDEGAN) ESTIVER EM IMPASSE COM OS RECLAMANTES (PUNIDOS E MULTADOS), NÃO ABRIRÁ OS OLHOS PRO SILVAL, NA SITUAÇÃO DA RESERVA DO CRISTALINO. SENDO ASSIM VIDA LONGA PRO DALDEGAN NA SEMA!!! KKK.
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Ana Lúcia | Sábado, 30 de Janeiro de 2010, 23h0300
O Daldegan é sem dúvida o pior secretário que a SEMA teve em toda sua história. É arrogante , presunçoso, desqualificado, despreparado, desaforado e outros adjetivos negativos mais. Só quem o conhece ou é obrigado a conviver com o mesmo, como os funcionários de carreira da SEMA, sabe de suas atitudes covardes, pois se utiliza do cargo para fazer verdadeiros assédios moral e terrorismo psicológico nos funcionários. Para continuar no cargo é capaz de vender a própria mãe. Daldegan e o moleque do Moacir (secretário adjunto sistêmico), afilhado do conselheiro Alencar, do TCE, criaram redes de esquemas que precisam ser investigados pelo Ministério Público. Ah, o Daldegan gosta muito da empresa Tecnomapas e é preciso investigar essa relação promíscua. Por essas e outras histórias que os funcionários da SEMA estão levantando é que o futuro Governador não poderias ter dúvida em substituí-lo. Silval solte essse cara que sóvai prejudicar a sua campanha..... Ah, Daldegan pare de mandar sua assessoria enviar comentários positivos a seu respeito que isso não cola, já que a sociedade mato-grossense o conhece muiiiiiiiiito bem! Fora Daldegan que você já venceu há muito tempo.