EXECUTIVO
Empresário diz que Vilceu e Eder pediram devolução de R$ 800 mil
29/04/2010, 20h:37 - Atualizado: 26/12/2010, 12h:26
O empresário Pérsio Briante, dono da Extra Caminhões Ltda e do jornal semanário Circuito MT, disse que foi procurado pelos secretários estaduais Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e Éder Moraes (ex-Fazenda e hoje Casa Civil) para que devolvesse R$ 800 mil que teriam sido pagos pelo Estado a sua empresa na aquisição de máquinas pesadas a título de juros. Pérsio vendeu 95 caminhões para o governo estadual, com faturamento de R$ 23,3 milhões. No total, a gestão Blairo Maggi comprou no ano passado 408 caminhões e quase 300 máquinas pesadas. Todo maquinário foi repassado para as prefeituras no mês passado, às vésperas de Maggi renunciar ao mandato. Foram gastos R$ 241 milhões, oriundos de empréstimos junto ao BNDES.
Eis que agora a aquisição do maquinário se transforma em escândalo por causa da descoberta de superfaturamento. Pérsio afirma que já havia recebido quase todos os R$ 23 milhões pela venda dos caminhões quando Vilceu e Éder bateram a sua porta. Eles pediram-no que devolvesse R$ 800 mil. "Disseram que o governo tinha comprado mau os caminhões e solicitaram que eu devolvesse o valor referente aos juros". O empresário discorda. Diz que não cometeu irregularidade. Nega superfaturamento. Garante que só vai devolver dinheiro ao erário se a Justiça assim determinar. "Eu não tenho condições de devolver nada e também porque não fiz nada errado", diz Pérsio, em entrevista à TV Centro América (Rede Globo), nesta quinta à noite.
Uma auditoria realizada a pedido do governo constatou que, de fato, houve sobrepreço. Embora a administração Maggi tenha pago à vista, as empresas faturaram notas com juros de 1,9% ao mês. Aponta que as concessionárias receberam indevidamente R$ 26,5 milhões. Pérsio Briante admite que sua própria concessionária vende o mesmo caminhão por um custo menor. Hoje sai por R$ 176 mil.
Todo o processo licitatório foi conduzido pela Infraestrutura, sob Vilceu. Coube à Administração, liderada por Geraldo de Vitto, fazer o pregão e, a Fazenda, que tinha Eder como secretário, aferir o pagamento. Pérsio afirma que "o governo não quis vender apenas para uma empresa" e chama atenção para o fato de, mesmo com a descoberta de sobrepreço, a administração ter prosseguido nos pagamentos pela compra das máquinas.
O Estado corre risco de ser penalizado pelo BNDES, que, diante das irregularidades, pode exigir que todo financiamento seja pago de uma só vez e ainda deixar negativo o cadastro do governo mato-grossense. O governador Silval Barbosa afirma que, assim que seu antecessor Maggi recebeu denúncia de que teria havido superfaturamento, pediu apuração dos fatos pela Auditoria-Geral e pela Procuradoria-Geral do Estado.
Enquete: Você acha que o governador deveria afastar os secr
Você acha que o governador deveria afastar os secretários Vilceu, Eder e Vitto?
Sim ( Votos: = 92.15% )
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Sei lá! ( Votos: = 2.57% )
Não se trata de pesquisa eleitoral, mas de um mero levantamento de opiniões de leitores do RDNews e do Blog do Romilson, com participação espontânea dos internautas. Resultado sem valor científico.
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Comentários (41)
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João Basto | Sábado, 01 de Maio de 2010, 14h5500
Pérsio deveria pensar mais nas suas atitudes e ser honesto, e parar de sujar o sobrenome Briante, um dos fundadores da nossa cidade São José do Rio Claro, nós moradores daqui sentimos vergonha desse tipo de atitude do Pérsio, assim é fácil ficar rico né Pérsio.
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edson nogueira | Sexta-Feira, 30 de Abril de 2010, 20h3200
edson nogueira, Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
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Davi | Sexta-Feira, 30 de Abril de 2010, 15h3200
terao que ser afastados do cargos e se possivel irem pressos incopetentes