A dona-de-casa e evangélica Janete Campos dos Santos, 38, residente no bairro Tijucal, em Cuiabá, afirma que denunciou o vereador Totó Cesar (PRTB) no Ministério Público por apropriação indevida de dinheiro do Bolsa Família por não compactuar com irregularidades e fraudes e diz esperar que seja feito Justiça. Ela afirma que após o escândalo tornar público em matérias publicadas neste blog desde o último domingo, passou a receber recados ameaçadores de pessoas ligadas ao parlamentar. "Eles estão me pressionando. São muito agressivos e ameaçam", denuncia Janete, que teve um filho com Totó - saiba mais aqui.

    O procurador da República Marcelo Cardoso solicitou que a Polícia Federal abra inquérito para investigar a denúncia de fraude no programa do governo federal. Totó teria usado a própria mãe, a idosa Francisca Faustina da Silva, para receber dinheiro destinado a famílias carentes por ao menos cinco anos, mediante cadastro em nome de quatro filhos de Janete. Ele descobriu o esquema recentemente e resolveu, então, pedir intervenção do MPF para apurar o caso.

    Então suplente, Totó assumiu cadeira de vereador no ano passado. Entrou no lugar de Ralf Leite (PRTB), cassado por quebra de decoro parlamentar. Agora, o vereador que se diz porta-voz da região do Planalto se vê acuado. Enfrenta investigação no âmbito da Justiça e, no campo político, deve ser submetido também a apuração dos fatos a partir da abertura de uma comissão processante da Câmara Municipal, o que pode lhe custar o mandato. O presidente da Mesa Diretora, vereador Deucimar Silva (PP), adiantou que até quinta deve se reunir com assessores jurídicos da Câmara e também com Totó para saber que posição tomar.

    Há rumores, desde já, de que a Mesa deva postergar ao máximo qualquer investida contra o vereador acusado. Acontece que ele se mostra próximo de Deucimar, pré-candidato a deputado estadual e que tem o próprio Totó como espécie de cabo eleitoral. Deucimar, por sua vez, garante que vai agir com rigor, assim como nos casos que resultaram na cassação de Ralf e Lutero.

    Totó César assegura que não se apropriou indevidamente de dinheiro do Bolsa Família e desqualifica Janete e a denúncia. Admite, porém, que sua mãe sacou o dinheiro por cerca de cinco a seis meses. Vê também jogada política para prejudicá-lo - veja aqui a versão do vereador. 

   Janete Campos afirma que está temerosa com sua integridade física. Ela assegura que não foi orientada por ninguém com suposto interesse político para denunciar Totó no MPE. Revela que tomou a iniciativa de forma espontânea por considera que foi injustiçada, assim como os filhos, que deveriam estar sendo beneficiados do Bolsa Família. Lembra que há cerca de 8 anos Totó a procurou e pediu documentos pessoais seus e dos filhos, com argumento de que faria inscrição na Agência de Habitação para conseguir uma casa popular. A documentação, conta Janete, foi usada para cadastramento no Bolsa Família através da mãe de Totó. Como não sabia do esquema montado por Totó, Janete se inscreveu no programa e recebeu o cartão em sua casa. O problema é que ela não conseguiu sacar o dinheiro. Procurou o Banco do Brasil e a secretaria de Bem-Estar Social de Cuiabá, quando descobriu a fraude. "As crianças estavam no cadastro como dependentes da mãe de Totó, quando, em verdade, nunca viveram com ela, a não ser o filho que eu tive com ele (Totó)", explica Janete, que hoje está casada.

    Ela afirma ter como provar na Justiça que Totó foi o beneficiado do dinheiro e lembra que a mãe do parlamentar não é alfabetizada e que só fez o cadastro a pedido do filho. Para a dona-de-casa, não importa quem eventualmente venha assumir vaga na Câmara numa eventual cassação de Totó. O que pleiteia mesmo é investigação rigorosa da denúncia e punição aos culpados pela fraude. Janete Campos conta que passou por uma fase de depressão e por dificuldades financeiras e ainda fora maltratada por Totó, que, segundo ela, a agrediu com palavras de baixo calão.

Declaração assinada por Janete Campos e o cartão do Bolsa Família que comprometem Totó na Justiça e politicamente

Reprodução

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Aos 26 anos, o deputado federal de primeiro mandato Emanuelzinho (PTB) se tornou o principal conselheiro do pai, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), em assuntos estratégicos da administração municipal. Apesar de jovem, o emedebista o considera  “muito maduro, perspicaz, responsável e centrado”.

Assessoria

O gabinete itinerante do  vereador Sargento Vidal (Pros), que atua com protetor dos animais há pelo menos 30 anos, já atendeu mais de 550 pets – cães e gatos –  desde o início do mandato.   A maior parte dos atendimentos foi realizada nas ONGs que abrigam os bichos em situação de abandono.

Orlando Brito

O senador Jayme Campos (DEM), presidente do Conselho de Ética,  adota postura de “bate e assopra” com a família Bolsonaro. Depois de declarar que o presidente Jair Bolsonaro foi incompetente no combate à pandemia e transformou a vacinação em jogo político, tratou de aliviar a situação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ) no “escândalo” da compra da mansão de R$ 6 milhões.

O MDB já possui cinco virtuais candidatos à Câmara Federal, pretende fechar chapa completa com 16 e aposta na manutenção das duas vagas, ocupadas hoje por Carlos Bezerra e Juarez Costa.

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