-----------------------------------------------
Ex-deputado se irrita por ter sido chamado, ironicamente, de "cantador" e diz que Bezerra responde a processo, possui assessores presos e que na campanha usou indevidamente seu nome
---------------------------------------------

   Um mês depois do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, zombar do ex-aliado Walter Rabello, durante encontro da legenda em Rosário Oeste, o ex-deputado e cantor sertanejo usou o seu programa televisivo, na TV Rondon (SBT), nesta quinta, para contra-atacar o cacique político. Rabello fez referência à matéria publicada neste blog com o título "Bezerra zomba Rabello e diz que esposa será puxadora de votos" para, em seguida, enfatizar que Bezerra responde a processo por desvio de dinheiro público e que usou seu nome indevidamente em 2006. Em forma de questionamento, Rabello lembrou que aliados do dirigente estão presos por fraudes.

   Irritado por ter sido chamado ironicamente por Bezerra de "cantador", o ex-deputado estadual lembrou que o cacique fez campanha em Cuiabá para federal usando em cartaz o nome dele (de Rabello) para ganhar popularidade e sem autorização. Depois de ter se tornado o vereador mais votado em Cuiabá, Rabello se elegeu deputado estadual em 2006, também com votação expressiva. Acabou cassado pela Justiça Eleioral, em 2007, por infidelidade partidária, pois trocou o PMDB pelo PP. Para piorar, perdeu para prefeito da Capital em 2008. Agora, o apresentador de TV está em pré-campanha à Assembleia.

    Segundo Rabello, Bezerra foi injusto e ingrato ao fazer ironia e zombar do seu nome. No encontro do mês passado em Rosário Oeste, diante de uma plateia de aproximadamente 80 pessoas, Bezerra se referiu a Rabello com desdém. Em discurso, afirmou que não se lembrava sequer o nome do ex-peemedebista. No momento em que comentava que o PMDB havia perdido vagas na Assembleia com as saídas dos hoje prefeitos Zé do Pátio (Rondonópolis) e Juarez Costa (Sinop), o cacique se referiu a Rabello em tom de gozação. "Não estou me lembrando o nome daquele, como é que chama mesmo aquele violeiro?", perguntou Bezerra. Depois que ouviu da plateia "É Walter Rabello", o deputado emendou: "É isso, um cantador que mudou de partido e ficou sem mandato".

    Reação

    Na TV, Rabello relembrou o caso e reagiu: "Esse Walter Rabello que ele esqueceu o nome é o mesmo Walter Rabello que ele usou de forma indevida em milhões de cartazes, em 2006, dizendo: ‘Walter Rabello Vota em Bezerra’". O ex-deputado acusa-o de ter usado o seu nome de forma indevida. "Ele (Bezerra) não teve minha autorização e de forma mentirosa porque eu não votei e não voto em Bezerra”.

    Walter Rabello comentou ainda na TV que foi cassado por infidelidade, mas não responde a nenhum processo por desvio de dinheiro público como Bezerra. "Queria só saber se o senhor (Bezerra) consegue esquecer os nomes dos membros do PMDB que estão presos acusados de prática de fraude?. Se esqueceu, eu vou lembrar o senhor: um de acordo com o que foi divulgado na imprensa, é Carlos Miranda, o outro é Rafael Bastos e também tem um que leva o seu sobrenome”, disparou Rabello. Disse ainda que Bezerra pode precisar do "cantador" para pedir apoio no pleito deste ano.

Mais uma tabeliã é destituída do cargo em Mato Grosso por diversas irregularidades.  Desta vez, a punição é para a interina Carmem Aparecida Monteiro,  responsável pelo Cartório do 1º Ofício de Notas e Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas de Pedra Preta.

Aos 60 anos, 40 deles de vida pública, Romoaldo Júnior está de volta, pela quinta vez nesta legislatura, à cadeira de deputado. Aliás, nos últimos 24 meses, ele só ficou 20 dias na reserva, mesmo derrotado nas urnas de 2018.

O processo eleitoral na Ucmmat, que terminou hoje com a vitória à presidência do vereador e advogado Bruno Rios (PSB), por uma diferença de 13 votos, se transformou numa queda-de-braço entre deputados estaduais e federais.

Rdnews/arquivo

Agora presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), que se identifica como "deputado social", aos 45 anos, quer chegar a postos mais importantes na vida pública.

Quem pensa que índios da etnia Kayapó, na região de Colíder (Nortão), não viajam de avião está enganado. Com autorização do Ministério da Saúde, um monomotor, às custas da União, está agora à disposição dos indígenas para atender casos emergenciais de saúde.

Mayke Toscano

O governo estadual já promoveu a concessão de quase mil km de rodovias e planeja entregar, até final do próximo ano, mais dois mil km à iniciativa privada.