O deputado estadual Pedro Satélite disse nesta quinta, antes de embarcar para Brasília para participar do encontro nacional do PPS, que vai defender aliança em torno da candidatura à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). Ele admite que a legenda está rachada e entende que a melhor alternativa seria a direção nacional dar autonomia para a Executiva estadual decidir quem apoiar. Cerca de 12 socialistas mato-grossenses vão estar presentes na reunião em Brasília, entre eles o presidente do partido no Estado, deputado Percival Muniz, o empresário e suplente de federal Eduardo Moura e alguns prefeitos.

   Satélite disse que entre os gestores do PPS que reforçam a tese de apoio a Silval está Marino Franz, de Lucas do Rio Verde. Já Percival é defensor de aliança com o PSB do empresário Mauro Mendes. Há ainda uma ala que propõe composição com o tucanato, pela candidatura de Wilson Santos. A decisão sobre o rumo que o partido vai tomar dependerá da cúpula nacional, sob Roberto Freire.

   O deputado disse que vai insistir para a Nacional dar autonomia ao diretório estadual. Segundo ele, embora no Estado estejam ocorrendo conflitos, a discussão ficaria mais regionalizada. "É bom a gente decidir aqui. Depois o pau quebra, mas no bom sentido, ou seja, no campo das ideias e não na porrada como aconteceu no recente encontro do PPS". Satélite observa que, dos três nomes colocados à disputa para governador, conhece o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos e Silval. "Entre os dois, entendo que o Silval está mais bem preparado".

    Sobre Mendes, o parlamentar pondera que "nada tem contra", mas "não conhece o trabalho na vida pública" do socialista. "Ele (Mendes) não foi prefeito e nem ocupou cargo algum de gestão pública. Quem já teve esse tipo de experiência a gente já conhece. Eu não sei qual é a habilidade do Mendes. Às vezes o cidadão é bom para administrar as coisas dele e isso não quer dizer que seja bom para administrar as coisas públicas, que são do povo e que precisa prestar conta à sociedade", comentou o parlamentar, numa referência ao perfil de empresário do pré-candidato do PSB e presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado.

    O deputado afirma que "Silval foi deputado e já estava no governo antes mesmo de ocupar o posto de chefe do Executivo e que, portanto, tem conhecimento da administração e aprendeu com o antecessor Maggi". "O Silval vai ser um governador diferente do Blairo, que foi mais ambicioso na área de infraestrutura e espero que o Silval faça mais investimentos no social e desenvolva ações, por exemplo, na área da saúde, com trabalho de interiorização. "As pessoas querem dignidade e o Estado pode oferecer isso".

  Satélite não conseguiu se reeleger em 2006. Neste ano, graças a um combinado entre renúncia, remanejamento e licenciamento de titulares da coligação que uniu PPS e PFL no último pleito, ele acabou se tornando titular. É da região de Guarantã do Norte (Nortão) e sempre foi governista. Fez parte da base da gestão Dante de Oliveira e, assim que o então opositor Blairo Maggi chegou ao poder, mudou de grupo, quando deixou o PSDB e foi para o PPS. Agora, começa a "colar" em Silval.

O processo eleitoral na Ucmmat, que terminou hoje com a vitória à presidência do vereador e advogado Bruno Rios (PSB), por uma diferença de 13 votos, se transformou numa queda-de-braço entre deputados estaduais e federais.

Rdnews/arquivo

Agora presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), que se identifica como "deputado social", aos 45 anos, quer chegar a postos mais importantes na vida pública.

Quem pensa que índios da etnia Kayapó, na região de Colíder (Nortão), não viajam de avião está enganado. Com autorização do Ministério da Saúde, um monomotor, às custas da União, está agora à disposição dos indígenas para atender casos emergenciais de saúde.

Mayke Toscano

O governo estadual já promoveu a concessão de quase mil km de rodovias e planeja entregar, até final do próximo ano, mais dois mil km à iniciativa privada.

As divergências entre líderes regionais do MDB não devem cessar tão cedo.

A rodovia da vergonha, especialmente um trecho de 120 km sem asfalto da 158, entre Alô Brasil e o entroncamento com a MT-322, no Norte-Araguaia-Xingu, foi destaque hoje no Jornal Nacional.