Cidades
Terça-Feira, 26 de Janeiro de 2021, 17h:07 | Atualizado: 27/01/2021, 10h:00
Professor denuncia discriminação em Escola Militar e vai acionar por dano moral
Gibran Freitas foi orientado a raspar barba, tirar o brinco e esconder suas tatuagens para poder lecionar
Jacques Gosch
Arquivo Pessoal

Professor Gibran afirma que nunca sofreu discriminação em 11 anos de magistério em MT
O professor de educação física Gibran Dias Paes de Freitas, que é membro da diretoria do Sintep Regional Vale do Araguaia, denuncia que foi alvo de discriminação ao fazer a atribuição para lecionar na Escola Militar Tiradentes, antiga Escola Estadual São João Batista, de Barra do Garças (a 520 km de Cuiabá). Alega ter sido orientado a raspar a barba, usar camisa de manga longa para esconder as tatuagens e tirar os brincos para se adaptar ao ambiente da unidade de ensino administrada pela Polícia Militar.
Ao , Gibran relatou que a situação foi constrangedora porque a orientação foi repassada por um coordenador pedagógico diante de diversos outros professores que aguardam para fazer suas atribuições. Além disso, pontua que nunca foi discriminado em 11 anos como concursado na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Gibran levou o fato ao conhecimento do Sintep, que deve emitir nota de repúdio nas próximas horas. O professor também está ingressando com representação junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e contratou advogado para ingressar com ação por dano moral argumentando que foi vítima de discriminação pela aparência.
“Fui informado na frente dos colegas que estavam para atribuição que não poderia me expressar através do meu corpo. Não estou pedindo para dar aula com roupa inadequada para escolas. Simplesmente, quero usar uma camiseta para dar aula. Fiz concurso para ser um professor, não policial militar”, relatou.
O educador também ressaltou que escola é um espaço civil e não militar. Por isso, cobrou respeito à diversidade.
“Com todo respeito à importância da instituição PM para nossa sociedade, escola não é um espaço militar, não é um espaço regido pelas normas da PM. É um espaço civil onde inclusive se aprende o respeito a pessoas que optam por usar barba, tatuagem, brinco, o respeito pela diversidade. Só que não permitem que a diversidade entre para dentro dessa escola”, completou Gibran.
Gestão Compartilhada
O modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar é composto por gestão estratégica, gestão cívico militar e gestão pedagógica.
Na parte estratégica, a Seduc, em articulação com a PM, fica responsável pelo planejamento e definição de estratégias para a prática pedagógica da Escola Militar Tiradentes de Barra do Garças.
Na gestão cívico-militar, caberá à PM implantar na escola rotinas militares que, segundo o Governo do Estado, possam contribuir para o desenvolvimento de um ambiente que cultive a disciplina, o respeito à hierarquia, a meritocracia e a promoção de um ambiente organizado e acolhedor, voltado à melhoria da aprendizagem dos estudantes.
Na gestão pedagógica e administrativa, a Seduc é responsável pela execução do projeto político pedagógico definido pela comunidade escolar.
Outro Lado
Pela assessoria, a Seduc informou que ainda está tomando conhecimento sobre o ocorrido em Barra do Garças. O espaço segue aberto para manifestação.
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Comentários (57)
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alexandre | Quinta-Feira, 28 de Janeiro de 2021, 07h1256
Não é escola do PT....
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Freitas | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 21h3874
Professor tem que ser exemplo para o aluno deste sua postura a suas vestes. Professor não pode chegar na sala de relado e de qualquer jeito.
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Antonio Carlos | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 15h321214
Rá! Tá mais na cara do o nariz que esse professor fez tudo de caso pensado. Sabendo ele das regras da escola militar, aproveitou pra lacrar. As escolas militar ou militarizada tem suas regras que devem a elas submeterem tanto alunos como professores. Simples assim!
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JOARILDO LINO DA SILVA | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 14h461513
As Escolas Militares Tiradentes tem suas próprias regras....quer lecionar...sujeita se a elas....simples assim....ou quer badernar como fizeram com todas as outras escolas....basta comparar os índices do Ideb....chega de coitadismo, vitimismo...
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Ovo | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 13h201623
A mantenedora é a Seduc ou a Segurança? O professor é servidor público lotado na Seduc ou na Segurança? Escola não é quartel. Que construam as escolas nos quartéis com recurso da segurança e administrem na hierarquia militar. Pegar escola pública pronta e e destinar vagas p filhos de militares é fácil... Escola não é quartel!
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Jesus Soares de Souza | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 12h40209
Tipo humanóide se vitimizando, querendo atenção.
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Conseguiu seus 02 minutos de Fama, Agora | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 12h402010
Conseguiu seus 02 minutos de Fama, Agora vai trabalhar. Pior coisa é homi Fresco, vai trabalhar
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EDUARDO | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 12h2551
EDUARDO, Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
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Respeito e disciplina, é disso que os jo | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 11h48228
Avisa esse "mimizeiro" aí que regras existem para serem Seguidas. Se esse Petista não quer seguir, vai dar aula em outro lugar Mais "Liberal". Bom lembrar que por falta dessa disciplina e respeito, mtos professores tomam TAPA na CARA, são ameaçados e apanham de Malandros "Disfarçados" de alunos, sem falar que mtas escolas são verdadeiras "Boca de Fumo".
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KATIA BURGUETTI | Quarta-Feira, 27 de Janeiro de 2021, 11h441910
Esse professor precisa "VIRAR HOMEM"
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