Cidades
Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 15h:02 | Atualizado: 22/01/2021, 08h:01
Seis entidades do transporte alegam que troca de VLT para BRT é injustificável veja
Jacques Gosch
Christiano Antonucci

Seis entidades que representam a indústria e os serviços de mobilidade, transporte urbano de passageiros e engenharia no Brasil consideram que o Governo de Mato Grosso agiu de forma simplista e equivocada ao mudar o modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande de VTL para BRT sem estudos técnicos suficientes. Segundo Carta Manifesto divulgada nesta quinta (21), a decisão é injustificável do ponto de vista técnico.
Ocorre que a Assembleia já autorizou o Executivo a promover a mudança do VLT para BRT. Enquanto a Prefeitura de Várzea Grande aceita a iniciativa do Governo do Estado, o prefeito da Capital Emanuel Pinheiro (MDB) alega que a população cuiabana não foi consultada e ingressou com ações judiciais para barrar a processo e já sofreu diversas derrotas.
Reprodução

“Comparando a visão do Governo que orientou essa mudança com a visão técnica do setor metroferroviário, baseada nos fatos e sustentada por estudos e projetos, conclui-se justamente pelo oposto, qual seja, que não há elementos técnicos suficientes que justifiquem a alteração do modal e que, no melhor interesse público e benefício da sociedade, no menor prazo possível, as obras do VLT deveriam ser concluídas”, diz trecho do documento.
Segundo as entidades, o manifesto pretende trazer à luz aspectos técnicos não abordados e provocar um debate democrático, com audiências públicas sobre o melhor modal para a população. No entanto, apresentam uma série de argumentos para defender a implantação do VLT na Região Metropolitana.
Entre os argumentos para defender o VLT, que a obra terá melhor interesse público e menor custo porque licenças Ambientais, autorizações, projetos básicos e executivos e demais documentos necessários já existem e que pode ser viabilizada com investimentos majoritariamente privados (PPP). Além disso, apontam menor tempo para publicação de edital de licitação.
Conforme as entidades, o primeiro trecho já está praticamente pronto, bastando dar andamento. Isso porque o Projeto Executivo existe e está parcialmente implantado. Já o material rodante (vagões) já foi adquirido, entregue e está pronto para entrar em operação.
Outra vantagem elencada é a maior velocidade operacional pois dispõe de menor tempo de carregamento nas estações (portas mais largas), via dedicada (sem interferências), sistemas operacionais que automatizam e otimizam sua operação, como por exemplo o sistema de priorização semafórica.
Custo operacional
Outro argumento defendido é o menor custo operacional, pelo menor número de condutores, pois carrega mais passageiros por unidade. As entidades também sustentam que as Cabines nas extremidades do VLT facilitam a inversão de sentido nos pontos terminais, enquanto os BRTs necessitam de grandes áreas para manobras, o que implica em mais desapropriações.
“Os sistemas VLT são conhecidos como indutores de transformações urbanísticas, melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento socioeconômico, como ocorreu, por exemplo, no Brasil: Rio de Janeiro e Santos, ou em praticamente todas as 200 cidades em que foi mundialmente implementado, a exemplo de: Bilbao, Zaragoza, Sevilha e tantas outras”, completa o documento.
Afirmam ainda que projeto do VLT Cuiabá-Várzea Grande está muito avançado enquanto o do BRT está em fase ainda preliminar, sem estudos definitivos, projetos básicos, executivos, licenças ambientais. Para as entidades, a situação torna impossível avaliar a alternativa BRT corretamente e, menos ainda, compará-la com o VLT.
“Vale lembrar que as entidades abaixo assinadas desde outubro passado solicitaram, por inúmeras vezes, uma audiência com o excelentíssimo governador para abordar todos estes aspectos técnicos e tentar dissuadi-lo em tomar medidas neste sentido. Em respeito à engenharia, aos estudos nacionais e internacionais, aos projetos de sucesso já implantados, aos procedimentos administrativos e legais, às portarias interministeriais que norteiam o setor, aos recursos públicos já investidos, aos contratos de financiamento público em curso, propomos um amplo debate público para que a verdade venha à tona e com ela fique definitivamente claro que a decisão correta para o caso em tela é terminar a obra do projeto VLT Cuiabá-Várzea Grande”, conclui a Carta Manifesto.
Veja contraponto montado pelas entidades
PageFlips: Anexo da Carta Manifesto - contraponto entre VLT e BRT
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Comentários (10)
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Amaral antunes | Sexta-Feira, 22 de Janeiro de 2021, 11h2630
Bando de esculachos.....o governo vianilizou a grana pra fazer as obras, empresarios e governantes pilantras roubaram de todo jeito e colocaram a culpa no ex presidente....matogrossesnses sem vergonha na cara...brtbou vlt, vao roubar de novo, safados.
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willer h Pinheiro | Sexta-Feira, 22 de Janeiro de 2021, 09h2500
willer h Pinheiro, Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
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César | Sexta-Feira, 22 de Janeiro de 2021, 08h4551
Nosso Governador quer virar um Sinval Barbosa!!! Quer uma mega obra, o BRT, para a fará começar com os milhões que estão disponível para o VLT!!! Ele quer cobrar ônibus articulados com dinheiro público para depois ser o dono da empresa. Governador na prática Cuiabá já tem BRT, ônibus articulados e via exclusiva para ônibus, o que precisa é um transporte moderno, eficiente, desses que o senhor anda na Europa!!! Veja o caso de Teresina
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Observador | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 20h4670
Nem VLT, nem BRT. Ônibus articulados pode fazer a mesma coisa. Pra circular nas avenidas centrais o ônibus articulados novos, com ar condicionado resolve o problema. Esse bate boca aí, é só por interesses financeiros dos malandros que estiveram e estão no poder. Esses pilantras nunca tiveram e nem estão preocupados em melhorias pra atender o povo . Para de conversa fiada. Mas infelizmente vao fazer o que for viável pra eles, de uma forma ou de outra serem beneficiados. O povo que se exploda. Sempre foi assim e assim será. Aqui ó, pra vocês,.
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Pedro Luis | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 18h18612
Todo mundo sabe que o VLT foi feito para que os politicos da época roubassem. É uma obra inviavel, Cuiabá não tem população para esse tipo de modal. Vejo algumas pessoas mal informado e comparam Cuiabá com Barcelona. Pelo amor de Deus, caiam na real. Se eu fosse o governador jogava esses trens no lixo,, fechava as avenidas e deixava tudo como essas pessoas querem. Inclusive o nosso prefeito (que foi o líder da fiscalização do VLT na assembléia). O ex - governador já confessou inúmeras vezes que o modal foi contratado para que eles roubassem...o
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Dr Fagundes Proença | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 16h29522
Como doutor em engenharia afirmo se tratar de lobby de empreiteiras que querem dinheiro público. Cuiabá é uma cidade pequena e provinciana, de povo atrasado. Não tem demanda. Um bairro de São Paulo é mais populoso que MT inteiro. Ademais a cidade é feia, sem atrativos turísticos e calor insuportável que afugenta turismo. A projeção é êxodo da população e falência do comércio. Nem BRT cabe nessa cidade pequena e provinciana.
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JUNIOR | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 16h09910
Opinião de lobistas não vale né. Só li conversa, narrativas, não tem nenhum argumento efetivo.
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Freitas | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 15h53195
Cadê o sabe tudo do Mauro Menti? Só faz cagada.
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Alex r | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 15h5123
Eu falo ... não importa BRT X VLT e sim o que determina o STJ ... Podem fazer e perder e ter que derrubar ou ficar os 2 inacabados.... Até decisão... Então tenham respeito com o povo !!!!
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Roberto Gusmão de Santana | Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2021, 15h41186
Trocar VLT por BRT é o mesmo que trocar uma Nave por uma CARROÇA,... Países como: Israel, EUA, Espanha e etc usa o VLT,... a população não tem CULPA pela patifaria que fizeram neste Modal,.... Governador,... não faça isso,.....
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