Edésio Adorno
Fábio Junqueira é apenas um político ficha suja
01/01/2021, 07h:30 - Atualizado: 01/01/2021, 07h:36
Dayanne Dallicani

Enfim, Fábio Martins Junqueira (MDB) entra na lista dos ex-prefeitos de Tangará da Serra. Servidores públicos, empresários e 90,97% dos eleitores comemoram o término do governo ímpio e impiedoso do malvado, vingativo, ingrato e perseguidor Junqueira. Valeu a pena viver para testemunhar esse momento singular de nossa história.
Quem é cristão e conhece a Bíblia sagrada já sabia que esse grande dia não tardaria a chegar. E chegou alvissareiro, libertador, auspicioso! Um novo governo, construído com o respaldo de 72,73% dos eleitores, sob a liderança de Vander Masson (PSDB), promete tempos de paz e de coesão social.
Fora do trono, pelado e desmoralizado, o provável destino de Junqueira é opróbrio. Não deveria ser. Sua imagem bem que poderia ser perpetuada para servir de exemplo do que jamais deve ser repetido na política. A humilhante derrota de seu candidato – ou seria seu capacho? -, que entrou nanico na disputa e saiu liliputiano das urnas, expõe o desprezo da população para com seu modus operandi no governo.
Alguém já disse que o gestor público se eterniza na memória da população por meio de seu legado, de suas realizações. Fábio foi um anátema, execrou a própria imagem. Logo cairá nas brumas do esquecimento. Não foi capaz de deixar para o conhecimento das futuras gerações nenhuma obra, por menor e mais singela que fosse. Ele desocupou a cadeira de prefeito e não deixou nada, apenas uma legião de desafetos.
“fez uma gestão marcada pela incompetência. Para se certificar quanto a isso, basta revisar sua pífia política de saneamento básico. Rasgou ruas, causou transtornos, enterrou quilômetros de canos e nenhum palmo de esgotamento sanitário foi efetivamente concluído. A população continua a usar fossas assépticas. Uma vergonha!”
A empáfia, a soberba e o discurso de único paladino da moralidade a habitar o alto da Serra Itapirapuã eram apenas farrapos de uma falsa retórica construída para sustentar uma narrativa igualmente falsa e divorciada da realidade.
Por questão de justiça, o governo Fábio merece a nota 6 atribuída a ele pelo vereador Rogério Silva. Ele fez uma gestão marcada pela incompetência. Para se certificar quanto a isso, basta revisar sua pífia política de saneamento básico. Rasgou ruas, causou transtornos, enterrou quilômetros de canos e nenhum palmo de esgotamento sanitário foi efetivamente concluído. A população continua a usar fossas assépticas. Uma vergonha!
Não foi capaz de garantir o abastecimento de água a população tangaraense. Sua gestão foi marcada por duas crises de extrema gravidade. O homem é um poço de incompetência e de arrogância. Nada além disso.
Junqueira deixou a prefeitura, mas a prefeitura não pode deixa-lo impune. Ele precisa prestar contas a justiça de todas as lambanças que aprontou. A Procuradoria-Geral do Município deve ajuizar uma ação de regresso contra Junqueira pelo formidável prejuízo de mais de 2 R$ milhões que causou ao erário público, no caso do professor que foi exonerado sem motivo e acabou sendo readmitido por força de decisão judicial.
Não apenas isso, tem muito mais!
Junqueira responde a uma penca de ações por improbidade administrativa, quase todas com decisão liminar de bloqueio dos bens do gestor que se dizia geneticamente honesto. Em algumas dessas demandas, Wesley Torres abrilhanta o polo passivo na condição de litisconsorte necessário.
Para concluir, apenas mais uma constatação: Fábio Junqueira deixou a prefeitura e, muito provavelmente, foi ejetado da vida pública por uma decisão da 1º Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça, publicada no dia 24 de agosto de 2020, que o coloca no rol dos fichas sujas de Mato Grosso.
“Como consequência da condenação por ato doloso de improbidade administrativa, com evidente enriquecimento ilícito, Fábio está espetado na Lei da Ficha Limpa”
Junqueira teve os direitos políticos suspensos por 8 anos. Também foi condenado à perda da função pública, ao pagamento de multa civil e a ressarcir integralmente os prejuízos causados ao patrimônio público. Restou, ainda, proibido de contratar com o poder público.
Como consequência da condenação por ato doloso de improbidade administrativa, com evidente enriquecimento ilícito, Fábio está espetado na Lei da Ficha Limpa. O sonho de disputar uma cadeira na Assembleia ou na Câmara dos Deputados deve ser adiado para o pleito de 2030. Se quiser retornar a prefeitura, já pode iniciar a campanha para 2032.
Claro, Junqueira recorreu da decisão condenatória que sofreu no TJMT. Se os desembargadores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) forem condescendentes com a improbidade administrativa, podem restituir seus direitos políticos, caso contrário, o ostracismo é será seu destino. Se for por falta de adeus, tchau, querido!
Edésio Adorno é advogado em MT e escreve exclusivamente nesta coluna toda sexta-feira. E-mail: edesioadorno@gmail.com
Postar um novo comentário
Comentários (1)
-
Neimar Disol | Sexta-Feira, 01 de Janeiro de 2021, 16h5940
Melhor prefeito que TGA já teve. Homem sério que não gosta de vagabundo