Coronavírus
Segunda-Feira, 13 de Abril de 2020, 14h:48 | Atualizado: 13/04/2020, 14h:49
Dados de Google e Fiocruz mostram que mato-grossenses já voltaram ao trabalho
Mikhail Favalessa
Reprodução

Centro comercial em Várzea Grande chegou a ter congestionamento em 8 de Abril, no feriado do aniversário de Cuiabá, cidade vizinha e fluxo se mantém
Os dados de localização de smartphones recebidos pelo Google e organizados pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT), ligado à Fiocruz, mostram que os mato-grossenses estão voltando ao trabalho em meio à pandemia do novo coronavírus. Diversos decretos estaduais e municipais vêm afrouxando as medidas de combate à Covid-19, algumas questionadas na Justiça.
A redução de circulação nos locais de trabalho chegou a ser reduzida em 44,3% em 24 de março, mas vem subindo em uma curva desde então. O dado mais recente, de 29 de março, mostra que essa redução caiu para 22,2% em poucos dias.
ICICT/Fiocruz

Gráfico mostra redução na circulação de pessoas nos locais de trabalho até 23 de março, com viés de subida a partir de então em todo o Estado
Segundo o ICICT, a circulação nos pontos de embarque e desembarque também atingiu seu menor nível no mesmo dia. Diferentemente dos locais de trabalho, porém, a redução de 65,5% não teve grandes alterações, chegando ao final de março em 58,7%.
O ponto mais baixo da movimentação dos mato-grossenses veio logo depois do decreto nº 419/2020 do Governo do Estado, que restringiu o funcionamento do comércio a partir de 23 de março. O governo, porém, afrouxou as medidas logo em seguida, liberando diversas atividades comerciais em todo o Estado.
Uma parte das medidas foi questionada pelo Ministério Público Estadual, que conseguiu liminar para que o isolamento social não fosse aplicado somente aos idosos, mas sim a toda a população, e para que os prefeitos pudessem ter autonomia nas decisões relativas ao transporte e ao comércio.
A geolocalização dos celulares mostra que o crescimento da presença de mato-grossenses nas áreas residenciais chegou a ter crescimento de 18,22% em 25 de março, mas vem caindo, tendo chegado a 11,17% em 29 do mês passado.
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