Representantes do setor comercial se posicionaram contrários às medidas anunciadas pelo governador Mauro Mendes (DEM) para contenção da pandemia do novo coronavírus em Mato Grosso nesta segunda (1).

Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL) e Fecomércio citaram a manutenção da economia para criticar a imposição do fechamento de lojas, bares e restaurantes a partir das 19h.

Vice-presidente da CDL, Nelson Soares defendeu que os estabelecimentos comerciais fiquem abertos, pelo menos, até as 22h.

“Não seria justo poucos pagarem por todos, por isso acreditamos que o governo do Estado pode rever essa questão”, disse.

Já o presidente da Fecomércio afirmou que a manutenção do trabalho ajuda a manter a economia ativa e proporciona renda às famílias.

“O comércio tem feito a sua parte cumprindo as recomendações dos órgãos de saúde, cuidando de seus colaboradores dentro das lojas e, assim, evitando que eles fiquem ociosos e saiam para eventualmente se aglomerar”, pontuou.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), participou, na tarde desta segunda (1), de reunião com representantes de vários setores produtivos, entre eles o comércio, por videoconferência.

O chefe do Executivo municipal vai analisar a posição dos segmentos e deve anunciar nesta terça (2) se irá ou não acatar a medida decretada pelo governador.

Decreto

Entre as medidas decretadas por Mauro está o fechamento do comércio das 19h às 5h e o toque de recolher a partir das 21h. Motivação seria o aumentos de casos de Covid-19 em Mato Grosso e a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que se aproxima dos 90%.