Tchélo Figueiredo

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, alertou que a dispensa dos mineradores em Aripuanã deve impactar a disseminação da Covid

O "êxodo" dos 1,5 mil mineradores da Nexa, empreendimento das empresas empresas Andrade Gutierrez, Votorantim e Construcap em Aripuanã (a 1 mil km de Cuiabá), para a mesma cidade — e até outras em Mato Grosso — pode contribuir para a disseminação do novo coronavírus, o que tem preocupado autoridades do Governo e do município.

"O problema grave como fechamento dessa mineradora é que todos esses trabalhadores acabaram se dirigindo para a cidade. O que aumenta ainda mais o risco a população. É um caso que pode trazer preocupação para nosso controle nos próximos dias", disse o secretário de Estado de Saúde (SES) Gilberto Figuereido em live na manhã desta segunda (13).

A Nexa foi fechada pela Justiça do Trabalho, na última sexta (10), após um dos funcionários contrair o coronavírus e outros oito estarem com suspeita. Mesmo assim, a mineradora estava em atividade. Por ter 1,5 mil funcionários, o risco de contágio podia ser maior devido à aglomeração de todos eles.

Segundo Gilberto, "não dá para saber quantos suspeitos" há entre os funcionários. "Eu até me atreveria a dizer que, se nós temos um caso confirmado numa mineradora que tem, aproximadamente, 1,5 mil servidores, todos poderiam ser considerados suspeitos", disse.

Ainda de acordo com o secretário, a SES e a prefeitura estão tomado as medidas necessárias para fazer as investigações que o caso requer. Uma das quatro mortes pelo Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) é de Aripuanã. Há também mais dois pacientes confirmados com o vírus no município.