Coronavírus
Segunda-Feira, 20 de Julho de 2020, 18h:20 | Atualizado: 21/07/2020, 07h:48
Governo de MT abre Centro de Triagem com testes e kits contendo até cloroquina
Bruna Barbosa
Christiano Antonucci Secom MT

Governador Mauro Mendes ao lado do secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho e da Saúde, Gilberto Figueiredo: quem fará a prescrição será o médico
A partir de quinta (23), um Centro de Triagem com testes rápidos da Covid-19, montado na Arena Pantanal, em Cuiabá, deve realizar 500 mil procedimentos, de acordo com o governador Mauro Mendes. As senhas serão entregues a partir das 6h e, no local, também será entregue o "kit Covid", composto pelos medicamentos: hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, anticoagulante e dipirona. A capacidade de atendimento será de 600 pacientes por dia.
"O governo vai disponibilizar alguns medicamentos, porém a responsabilidade de fazer a prescrição não é do governo, e sim da equipe médica e se o médico entender que pode usar cloroquina será ministrada a cloroquina. Quem dá receita são os profissionais médicos e existe protocolo com orientação sobre os medicamentos que podem ser usados”, ressaltou Mauro.
As informações foram repassadas durante coletiva transmitida nas redes sociais na tarde de hoje (20). Mauro ainda ressaltou que os kits serão entregues apenas para pacientes que já tiverem prescrição médica. Questionado sobre a falta de comprovação cientifíca da eficácia dos medicamentos, o governador afirmou que segue protocolos nacionais.
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, também ressaltou que os pacientes que forem orientados a usarem os remédios do kit deverão assinar um termo de compromisso.
Apesar da apliação do uso da cloriquina e da hidroxicloroquina pelo Ministério da Saúde, inclusive para casos leves de covid-19, não há comprovação científica de que o medicamento tenha efeito no combate à doença causada pelo coronavírus e infectologistas vêm desaconselhando o seu uso por não ter eficácia contra a Covid-19.
Além disso, a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais graves como distúrbios de visão, irritação gastrointestinal, alterações cardiovasculares e neurológicas, cefaleia, fadiga, nervosismo, prurido, queda de cabelo e exantema cutâneo.
Sobre possíveis aglomerações no local do Centro de Triagem, Mauro afirmou que protocolos preventivos de segurança serão adotados. "Distanciamento, profissionais com EPIs, tudo que é preconizado a nível de segurança do paciente estará sendo priorizado", disse.
Alfinetada em Emanuel
No Centro de Triagem não serão aplicados exames PCR para comprovação da Covid-19. O governador também alfinetou as prefeituras. "Isso [testagem] é obrigação da atenção básica, das prefeituras. O Governo está fazendo para auxiliar aqui na Baixada, que é onde está o maior número de casos. Se existe obrigação, era dos municípios. E continua sendo. Mas estamos auxiliando".
Apesar da criação do centro, Gilberto destacou que a porta de entrada para a Central de Regulação continua sendo através das UPAs. O secretário ainda pediu que pacientes assintomáticos não compareçam ao local para evitar aglomerações.
A princípio, o Centro de Triagem deve funcionar de segunda à sábado. Porém, conforme Gilberto, a expectativa é de que o local também realize atendimentos aos domingos.
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Comentários (4)
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olacir ventura | Terça-Feira, 21 de Julho de 2020, 13h2600
Seria bom o Sr. Desgovernador Mauro MENTES, começar a a construir leitos nos hospitais Regionais, principalmente em Cáceres, Lá, não existe leitos de UTI para a COVID 19 e sabe quem atende? A Prefeitura local. O senhor faz das prefeitura suas inimigas, quando deveria ter um pouco de juízo e humildade. Ora, suas politicas públicas de saúde tem se mostrado desastrosas. Compra de respiradores fora de especificações minimamente técnicas e baixa qualidade e por isso pseudo preços menores. Ambulâncias compradas com valores superfaturados, funcionários da Santa Casa de Cuiabá todos os pejotas com salários atrasados há mais de dois meses, e a Medial, empresa do seu amigo, faturando alto. O Sr. sabe quanto ganha um técnico em enfermagem contratado pela Medial, para atuar 12h, dia horas na Santa Casa? R$1.500,00 VERGONHA.
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Horácio | Terça-Feira, 21 de Julho de 2020, 09h2810
Bla bla bla bla... Juca, volte pro expediente aí na sua repartição, seu chefe te paga pra trabalhar, não pra falar mal dele.
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Marco Antônio | Segunda-Feira, 20 de Julho de 2020, 20h3935
Depois de tudo feito pela prefeitura de Cuiabá desde Março, aí vem o arrogante governador destribuir Cloroquina, tá de brincadeira. O governador, é de dá dó a sua incompetência.
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Juca | Segunda-Feira, 20 de Julho de 2020, 20h1254
De repente, o Estado se tornou o detentor de vidas, decidindo qual o melhor tratamento ou que medicamentos devem ser ministrados à população para o combate à Covid-19. Defensores e inimigos da cloroquina travam debates violentos em torno do remédio, enquanto doentes morrem todos os dias nos hospitais. O vírus não escolhe ideologias, não tem preferências partidárias. Lamentavelmente, está ocorrendo neste país uma grave politização em torno do assunto. Em lugar dos médicos, ministros, governadores, prefeitos, promotores e até juízes decidem pelo cidadão. Com uma canetada podem proibir, autorizar ou estabelecer novo protocolo. É um poder absoluto, quase de vida e morte. Que direito estas pessoas têm sobre os demais cidadãos? Parem com esta intervenção autoritária e deixem este assunto para os médicos. No futuro todos terão de prestar contas de seus atos à população. Estes governantes também terão de responder, por exemplo, sobre a proibição do uso de medicamentos que, embora sem eficácia comprovada pela ciência, surtem efeito em determinados pacientes e ajudam a salvar vidas. É preciso que a sociedade tenha conhecimento sobre estes medicamentos. Políticos e governantes se curaram com determinadas substâncias não autorizadas, mas tentam esconder da população esta informação. É um crime que cometem contra os brasileiros, com a justificativa de que não há comprovação científica da droga. Sob o falso argumento de não ter o aval da ciência, a mão pesada do Estado avança sobre aspectos essencialmente particulares da vida das pessoas. Agem em nome da ciência que não conhecem, proibindo ou autorizando medicamentos. Interferem em uma relação privada e sigilosa entre médico e paciente. Passam por cima dos diretos individuais que são conquistas da cidadania. A opção pelo tratamento ou medicamento é uma decisão do indivíduo. Somente o doente tem o direito de escolher, em conjunto com seu médico e familiares, como quer ser tratado, que medicamento tomar e que risco pode correr para se curar. Cabe ao Estado colocar à disposição da população a infraestrutura de saúde pública, UTIs, leitos, respiradores, médicos e medicamentos que permitam este tratamento na rede pública ou particular.
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