CULTURA
Segunda-Feira, 10 de Agosto de 2020, 19h:45 | Atualizado: 11/08/2020, 09h:30
Morre Adir Sodré, referência das artes plásticas em Mato Grosso; causa é incerta
Ivana Maranhão

Um dos principais artistas plásticos de Mato Grosso e dono de uma pincelada única, Adir Sodré, 58 anos, morreu no fim da tarde desta segunda (10) em frente a sua casa, no Centro de Cuiabá. O corpo do pintor ainda estaria no local aguardando a chegada do Instituto Médico Legal (IML).
As notícias sobre as causas ainda são desencontradas. Alguns dizem que ele teve um mal súbito, caiu desacordado, morrendo em seguida. Outra versão é que Adir estaria pintando o muro da sua casa e desequilibrou do seu banco, batendo com a cabeça.
Segundo o Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele teria tido um infarto na frente da casa onde morava.
O ex-presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, escritor e advogado, Eduardo Mahon, lamentou a morte em suas redes sociais com grande pesar. “A arte brasileira fica mais cinza, pobre, triste! Adir Sodré despede-se de nós. Ano terrível, terrível!".
Breve histórico
Adir Sodré de Souza nasceu em Rondonópolis (215 km de Cuiabá) em 1962. Em 1977, começou a freqüentar o Atelier Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, onde foi orientado por Humberto Espíndola (1943) e Dalva (1935).
Nos dois anos seguintes, integrou, juntamente com Gervane de Paula (1962) e outros artistas, um grupo que procura renovar a arte mato-grossense. Nessa época, participa de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso (MACP/UFMT).
Participou também, entre outras, das coletivas Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), Rio de Janeiro, em 1983, e Modernidade, Arte Brasileira no Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987.
Em sua produção abordava temas relacionados à cultura regional e questões acerca dos povos indígenas. As pinturas dele trazem um registro da vida cotidiana nos bairros populares de Cuiabá e também muito da paisagem regional e do cerrado, suas frutas, plantas e cores. Eles produzia obras com temática social de caráter irreverente e com traços acentuados de erotismo.
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Comentários (2)
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Plínio Muad | Terça-Feira, 11 de Agosto de 2020, 00h2230
Sodré deixou obras lindas pra todos nós. Triste notícia.
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jorge luiz sganzerla q | Segunda-Feira, 10 de Agosto de 2020, 20h31215
Com certeza Adir Sodre estava usando mascara assassina na caminhada e faltou oxigênio e esse foi o motivo de sua morte. Com Certeza os urubus do COVI-19 vão atestar que morreu disso. Já passou da hora de falarem a verdade sobre essa mascara assassina impostas por comunistas da NOM!!!
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