ECONOMIA E AGRO
Segunda-Feira, 16 de Novembro de 2015, 11h:05 | Atualizado: 16/11/2015, 11h:08
Projeto ajuda produtores a combater o bicudo-do-algodoeiro no Estado
Patrícia Sanches
José Medeiros

Besouro Bicudo é principal praga na cotonicultura, que é a produção de algodão
O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e produtores implementam ações para combater e controlar a existência do besouro bicudo-do-algodoeiro, considerado a praga-chave da cotonicultura brasileira.
O projeto é executado desde o início da safra 2014/15 e visa dar tranquilidade ao setor. O plantio será iniciado a partir de 1º de dezembro, após o fim do período de vazio sanitário.
Nos últimos meses, o entomologista Eduardo Barros, responsável pelo projeto Controle Efetivo do Bicudo, e assessores técnicos regionais têm se reunido com representantes da cadeia produtiva do algodão. Em seguida, foram formados Grupos Técnicos do Algodão em: Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Diamantino/Deciolândia, Campo Novo do Parecis, Alto Taquari e Rondonópolis (região da Serra da Petrovina).
Eduardo explica que uma vez por mês os representantes das fazendasrelatam como está o processo de controle, a destruição de soqueira e o manejo fitossanitário da cultura em geral. "Percebo que todos estão levando muito a sério o controle da praga e reconhecem a importância de não ter bicudos no período de entressafra do algodão (vazio sanitário), quando grande parte das áreas está destinada ao cultivo de soja", comenta o pesquisador.
Nessas reuniões, os representantes do IMAmt levam a agricultores e ao corpo técnico das fazendas as recomendações da pesquisa para o controle do bicudo e identificam as demandas do campo, de modo a buscar novas soluções para os problemas encontrados.
Eduardo reforça ainda que, embora essa não seja a única praga, o seu controle precisa ser levado a sério, uma vez que o inseto dizimou lavouras de algodão “em São Paulo, Paraná, Paraíba e Pernambuco nas décadas de 80 e 90", frisa o entomologista. O projeto tem apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
SAP-e Bicudo
Os produtores de algodão e seus colaboradores têm à disposição outra ferramenta para o controle do bicudo, trata-se do Sistema de Alerta de Pragas Emergentes (SAP-e).
O Relatório de Monitoramento de Bicudo traz informações e muitos gráficos sobre o nível de pressão da praga nas lavouras, a partir da análise do índice B.A.S (bicudo por armadilha por semana) levantado em todos os núcleos regionais.
Esses informativos são enviados semanalmente aos associados da Ampa via internet e ficam disponibilizados nos sites da entidade http://www.ampa.com.br e do IMAmt http://www.imamt.com.br.
Bicudo
Segundo o engenheiro agrônomo José Fernando Jurca Grigolli, na região Centro-Oeste, o bicudo-do-algodoeiro foi encontrado em Mato Grosso em junho de 1993, nos municípios de Mirassol D’Oeste e Cáceres e, em Goiás, a praga foi detectada em maio de 1996 nos municípios de Itumbiara, Cachoeira Dourada, Inaciolândia e Panamá. Depois, disseminou-se por todas as regiões produtoras do país - saiba mais aqui. (Com Assessoria)
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