ECONOMIA E AGRO
Segunda-Feira, 05 de Agosto de 2019, 18h:01 | Atualizado: 05/08/2019, 18h:06
Mesmo em recuperação judicial, Grupo JPupin vai movimentar R$ 250 mi este ano
Da Redação
Reprodução

O produtor rural José Pupin, proprietário do Grupo Jpupin, e conhecido como Rei do Algodão
Mesmo enfrentando demandas judiciais em sua principal fazenda, além de cumprir o plano de recuperação judicial aprovado em assembleia dos credores, o Grupo JPupin, de propriedade do rei do algodão José Pupin, irá gerar um volume de negócios no valor de R$ 250 milhões este ano.
A Fazenda Marabá, localizada no município de Campo Verde (a 140 km de Cuiabá), é composta por 16 matrículas e possui 17 mil hectares agricultáveis e mais área de reserva ambiental, dos quais apenas 3,3 mil hectares estão envolvidos em uma disputa judicial relativa à propriedade da área. Os demais 13,7 mil hectares permanecem sob controle do Grupo JPupin e estão em franca produção de milho, algodão e soja.
De acordo com o CEO do Grupo, Marcio Felix, a JPupin finaliza a colheita do algodão e do milho e se prepara para o início do plantio da soja. A colheita, tanto do milho quanto do algodão, termina neste mês. Com o milho, estão sendo colhidos 110 sacas/ha em 6,9 mil hectares plantados. Já com o algodão, a produtividade da Marabá chegou a 300 arrobas/ha em três mil hectares plantados. A safra de soja, que tem início em 25 de setembro, será semeada em uma área de 12 mil hectares.
“É a nossa melhor produtividade em 10 anos”, destaca Marcio Felix. O executivo é ainda mais otimista em relação à próxima safra (2019/2020). Ele aponta que a meta para a fazenda é usar seis mil hectares para o plantio do milho e ampliar a área de algodão para 8,5 mil hectares.
Além das safras de milho, soja e algodão, a Marabá atua na agroindústria, com uma algodoeira que presta serviços e realiza o beneficiamento de 40 mil hectares de algodão, que é entregue em pluma, direto para a indústria de tecelagem. De acordo com Felix, a fazenda gera 290 empregos diretos, sendo que 110 colaboradores residem na propriedade. Atualmente, a Marabá opera em parceria com a Pedra Preta Agropecuária.
Acordo
Recentemente o Grupo JPupin encerrou uma disputa judicial que se arrastava há 10 anos. Foi firmado um acordo, já homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), relativa à Fazenda GMB, de 57 mil hectares, localizada no município de Paranatinga. A disputa pela propriedade da terra teve início há 10 anos, após o fim de um arrendamento e envolvia três grupos.
Pelo acordo, o Grupo fica com 15,9 mil hectares, sendo 7,9 mil hectares de áreas agricultáveis e 8 mil de área de reserva ambiental. O Grupo Martinelli ficará com 17 mil hectares, sendo 8 mil agricultáveis e 9 mil de reserva e a terceira parte, Rovilho Mascharello, ficará com 23 mil hectares, entre área agricultável e reserva ambiental.
Repuração Judicial
A recuperação judicial do Grupo JPupin já foi homologada, apenas algumas decisões em relação a créditos estão em discussão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Após o pedido de recuperação judicial, a JPupin, um grupo familiar, implantou uma gestão profissional, que promoveu uma completa reestruturação na gestão e nas ações do grupo, promovendo um controle e economia de gastos, enxugamento de ações, tendo como consequência o cumprimento dos compromissos financeiros assumidos no plano de recuperação judicial.
O grupo JPupin é composto pelas empresas Armazéns Gerais Marabá Ltda., Marabá Agroindustrial e Nutrição Animal Ltda., JPupin Indústria de Óleos Ltda., JPupin Reflorestamento Ltda., Marabá Construções Ltda. e Cotton Brasil Agricultura Ltda.
Postar um novo comentário
Comentários (2)
-
Milton dias da silva | Terça-Feira, 06 de Agosto de 2019, 20h4130
Sera mesmo verdade 250 milhões uo tambem é uma mentira como tem feito com os trabalhadores jogou a merse é não deu importancia cade a integridade fui fucionario por 10 anos e o que fez comigo e meus companheiro simplesmente nos abandonaran deixaran nos a merce da sorte
-
José messias | Terça-Feira, 06 de Agosto de 2019, 15h4630
Vai esse tanto de milhões e os funcionários que saíram tem que colocar na justiça por que não estam comprando com o compromisso de pagar as rescisões dos ex funcionários isso é uma vergonha
Matéria(s) relacionada(s):
- 15/12/2019 - Do colapso ao controle financeiro
- 13/12/2019 - "Quem chegar e adotar o Pantanal também é pantaneiro"
- 13/12/2019 - Agenda Cultural traz shows nacionais, cantatas e mais. Confira.
- 12/12/2019 - Aumento do desmate na Amazônia pode levar à rejeição de produtos locais análise
- 12/12/2019 - "Cohousing é um estilo para ter qualidade de vida agora"
- 11/12/2019 - Blairo já articula o agro com Fávaro
- 11/12/2019 - Galvan quer Senado pelo agro
- 11/12/2019 - Tecnologias devem ser monitoradas, mas criança precisa brincar
- 10/12/2019 - Sine oferta mais de 1.500 vagas de emprego para Mato Grosso nesta semana
- 10/12/2019 - TJ suspende fim de recuperação do Grupo Bom Jesus e manda auditar pagamentos
Confira também:
- Dezembro de 2019
-
ECONOMIA E AGRO / Desenvolvimento econômico
Estatal chinesa confirma implantação em Sinop com investimentos de até US$ 10 bi
-
ECONOMIA E AGRO / NOVA ALÍQUOTA
Reforma da Previdência de MT reduzirá déficit em R$ 25 bi nos próximos 10 anos
-
ECONOMIA E AGRO / PRODEIC
Governo reformula incentivos fiscais em MT e publica novas alíquotas em Diário
-
ECONOMIA E AGRO / COP 25
Na Espanha, Pivetta fala de tolerância zero ao desmate em MT
-
ECONOMIA E AGRO / BALANÇO
Arrecadação do Fethab Commodities atinge R$ 383 mi em 11 meses de 2019