O prefeito de Juína, Altir Antônio Peruzzo (PT), aposta na desistência do empresário Mauro Mendes (PSB) na corrida ao Paiaguás e numa composição dos socialistas com o PT-PR-PMDB até junho, quando acontecem as convenções. “Mesmo com a pré-candidatura dele posta, eu ainda acredito nessa possibilidade”, reforça o petista, em entrevista ao RDNews, nesta segunda (5). A mudança no tabuleiro “político”, para ele, favoreceria o projeto do governador Silval Barbosa (PMDB), que venceria o tucano Wilson Santos (PSDB) no primeiro turno. "Mesmo que tenha um outro nome, não deve ser de muito peso, por isso, acho que Silval venceria no primeiro turno", pontua.

   Já num cenário onde Mendes aparece como candidato, o petista aposta no segundo turno, mas vê o afunilamento da disputa entre Silval e Wilson. “Quando se vai para uma disputa, além de ser um candidato em potencial você tem que ter um grupo forte. O do Silval tem mais chances de chegar ao segundo turno”, analisa. Ainda nesta linha, Altir lembra que a maioria dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores fazem parte do arco de aliança que dá sustentação ao peemedebista.

   Apesar da confiança no “taco” de Silval, Peruzzo salienta que a disputa será árdua e difícil, mesmo que Mendes desista. “Não existe nada fácil. Acho que vence com certa facilidade, mas não será com muita vantagem”. Para ele, a vitória de Silval vai “coroar” o trabalho executado pelo ex-governador Blairo Maggi (PR) e pelo próprio Lula (PT), presidente da República. “Os dois têm mais de 90% de aprovação em Mato Grosso”, ressalta.

   Senado

   Altir defende a dobradinha Blairo Maggi (PR) e Carlos Abicalil (PT), deputado federal, à senatória. O petista diz reconhecer a importância política da senadora Serys Marly para o PT, mas vê em Abicalil a maior possibilidade da legenda manter a vaga que conquistou no Senado. Serys e Abicalil travam um duro embate interno para definir qual dos dois disputará a cadeira em outubro. Como não chegaram a um consenso, a prévia foi agendada para o próximo dia 18. Na oportunidade, quase 23 mil filiados devem definir qual dos dois será o pré-candidato ao Senado.

   Muitos acreditam que a disputa acirrada possa provocar um racha sem precedentes na sigla e que o grupo perdedor não trabalhará com o mesmo afinco para viabilizar o nome de Silval e do petista que disputar a senatória. Apesar das especulações, Altir não polemiza o assunto e vê consenso. Ele garante que a disputa faz parte do processo democrático e diz que não deixará arranhões na sigla. “Talvez no começo uma ou duas pessoas fiquem tristes, mas logo tudo ficará bem”, avalia.