Na tentativa de "blindar" o governador Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato à reeleição, dos ataques do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), que teve a campanha de 2004 marcada pela suposta atuação do Comitê da Maldade, cerca de 250 lideranças da baixada cuiabana ligadas ao peemedebisata decidiram formar o Comitê da Verdade. Liderados pelo principal “escudeiro” de Silval, o secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, o grupo pretende combater a mentira e promessas falsas feitas pelos adversários.

   Composto por líderes comunitários e presidentes de sindicatos, de associações, de federações, de clubes, de conselhos, de cooperativas, dentre outros, os 250 membros já elegeram o próprio Eder como interlocutor junto ao governo. “O comitê será nosso advogado de defesa em cada bairro, município e regiões do Estado. A rede de combate à mentira e as promessas falsas está montada”, diz o secretário, num claro recado ao tucano.

   A expectativa é que mais de 2 mil lideranças do Estado integrem o Comitê, em especial os ligados aos movimentos comunitários, que receberam incentivos durante o governo Blairo Maggi (PR). “Inclusive, na gestão do governador Blairo Maggi os movimentos sociais conseguiram um grande espaço no governo, com a criação da secretaria-adjunta de Assuntos Comunitários, superintendências e conselhos ligados às entidades”, frisa o adjunto da pasta, Benjamim Franklin Lira.

   As lideranças argumentam que defendem o nome de Silval devido às políticas de infraestrutura implementadas pelo atual governo, como asfaltamento de bairros da Capital e Várzea Grande e construção de 62 mil casas populares. “Somos um batalhão de soldados lutando para que Mato Grosso continue crescendo e para que as obras não parem”, afirma o presidente da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Édio Martins de Souza.