Jayme afirma que ações de Maggi "cheiram à negociata"
O senador Jayme Campos (DEM), que participou no último sábado (9) do encontro do partido em Poconé, não economizou críticas ao governo Blairo Maggi, de quem era aliado até poucos meses atrás. Segundo o democrata, não há dúvidas sobre a vitória da aliança DEM/PSDB/PTB no pleito deste ano rumo ao Palácio Paiaguás. "O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, e Jayme disputam internamente a preferência do eleitorado para saber qual dos dois vai disputar a sucessão de Maggi. "Nós temos serviços à sociedade. Queremos fazer um governo diferenciado em relação ao que está aí. E se alguém me perguntar o porquê eu estive aqui em Poconé pedindo votos para Blairo, eu respondo que é verdade. Mas nós não tivemos o respeito e a consideração do atual governo do Estado", disparou Jayme.
Demonstrando ressentimento com Maggi e sob aplausos, o senador falou novamente que o ajudou a se eleger no pleito de 2006 e que não houve resposta por parte do governo. "Quando Blairo Maggi tinha 3% (das intenções de voto), tinha dois homens na trincheira, que era Jonas Pinheiro e Jayme Campos. Depois vieram Roberto França, Percival Muniz e etc", lembrou o democrata.
Ele citou ainda outras áreas problemáticas da gestão Maggi, como segurança pública, saúde e educação. Além disso, segundo ele, o governo concedeu incentivos fiscais a um grupo seleto de empresários em detrimento da maioria. "Foram R$ 1,5 bilhão para ter 6 empresários no Estado. Com esse dinheiro, eu faço uma verdadeira revolução na agroindústria mato-grossense. Aqui, é uma meia dúzia que está usurpando e se beneficiando", critica.
Jayme continuou o discurso dizendo que R$ 1,5 bilhão seria suficiente para acabar com o que classificou como o maior problema do Estado, que é a saúde. Batendo duro no governo Maggi, o democrata falou também sobre a segurança pública, que está, segundo ele, "toda maquiada, com carros alugados, a maioria locados de empresas de Pernambuco. Isso cheira o que? cheira negociata. Cheira que alguém está tirando proveito. Não é esse o estado que eu quero".
O senador aproveitou a deixa para dizer que não teme nenhum dos pré-candidatos ao Paiaguás. "Eu discuto com qualquer um, seja com Mauro Mendes, Silval Barbosa, Carlos Abicalil ou Julier Sebastião. Do jeito que vier são dois palitos", disparou o democrata.
Para concluir, Jayme garantiu que está 17% a frente de Silval nas pesquisas de intenção de voto. "Isso sem fazer muita força. Ele com a máquino do governo, já gastou R$ 15 milhões, e nós só no teretetê, porque nós não temos grana e não vamos aguentar bancar a briga com os cofres do governo estadual. Nós estamos aqui com nossos carrinhos velhos, com gasolina nossa. Os outros não. Têm avião do governo, carros do governo, enquanto nós somos o povo", disse.
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