Jayme possui carisma e jeito simples, mas é considerado uma figura política ultrapassada
Jayme Campos mantem discurso de pré-candidato a governador, com a segurança de que nada tem a perder pois, afinal, seu mandato de senador está garantido até 2014. Ele nem precisa de licenciar do Congresso Nacional para tentar vaga no Palácio Paiaguás. O democrata se mostra empolgado por causa de sua popularidade. Graças ao estilo populista, despojado e simples, consegue atrair eleitores e possui aliados fieis em vários municípios que seguem-no desde a época em que foi governador, no início dos anos 1990. Ex-prefeito de três mandatos de Várzea Grande, governador e senador desde 2007, Jayme possui boa relação com a chamada classe política tradicional. Sua base está consolidada na Grande Cuiabá.
Já os que se opõem ao nome de Jayme ao governo, pregam nele a pecha de "político ultrapassado", que não se reciclou e que apresenta dificuldades até para fazer discurso. Reclamam também que Jayme vive no muro quanto ao governo Blairo Maggi, pois ora se apresenta como aliado, ora dispara críticas e faz ataques. No seu governo da década de 90, Jayme foi acusado de criar "panelinhas" com forte influência de empreiteiros e membros da família nas decisões de governo. Isso depõe até hoje contra sua imagem de pré-candidato ao posto de chefe do Executivo estadual. A tendência é do ex-pefelista, se não vier a consolidar projeto majoritário, fechar composição com o tucanato, que tem o prefeito cuiabano Wilson Santos como virtual candidato. Aliás, Jayme e Wilson, mesmo sendo ex-adversários políticos, já fizeram um pré-acordo para o nome que melhor pontuar nas pesquisas de intenção de voto, a partir de fevereiro, ser o candidato a governador do grupo.