O prefeito cuiabano Wilson Santos, pré-candidato do PSDB a governador, volta a ser "bombardeado" nas ruas por milhares de panfletos apócrifos com frases de ataques verbais à administração e sua imagem de líder tucano. Desde segunda (18), um grupo de pessoas, com atuação na calada da noite, espalhou o material. Segundo informações, foram cerca de 100 panfletos. Trazem críticas ao que chamam de descaso do prefeito quanto à coleta de lixo, a propagação da dengue e também sobre a venda da travessa Tuffick Affi, a antiga Travessa do Cotovelo, no bairro Porto, para Atacadão. Os autores do serviço sujo teriam sido militantes da corrente Articulação de Esquerda do PT, que faz oposição à gestão tucana.

   No caso dos serviços de coleta de lixo, o panfleto traz em destaque a seguinte frase: "um 2010 cheio de lixo". Mais abaixo, completa: "Esses são os votos de Wilson!" e "Cuiabá não merece tanta sujeira”. No verso, novos ataques ao prefeito: "A dengue detona Cuiabá. É o fim da picada!”. O outro panfleto lembra a venda de um bem público para o supermercado Atacadão por R$ 1,6 milhão. Diz o seguinte: “Wilson está rifando Cuiabá!”.

   Esta não é a primeira vez que o pré-candidato tucano ao Paiaguás é atacado por panfletos sem assinatura. Em setembro de 2009 ele chegou a descobrir e processar três pichadores, que eram do PT. Na Justiça Wilson pediu indenização de R$ 18 mil a cada um dos pichadores por calúnia, injúria e difamação. Em outubro do mesmo ano vieram mais bombardeios com panfletos espalhados nos arredores da Câmara municipal, com ênfase a 45 promessas de campanha não cumpridas.

    Reação

    O secretário municipal de Comunicação, jornalista Flávio Garcia, disse que o prefeito Wilson “não tomou conhecimento” dos novos panfletos e que esta gestão vai pagar o “mal” com o “bem”. Segundo ele, a administração vai produzir panfletos, mas não para responder aos ataques e sim para informar a população sobre os atos da administração, como o Bolsa Universitária, um dos orgulhos do tucanato.

   Perguntado sobre os questionamentos apresentados no panfleto, como, por exemplo, sobre a venda de uma travessa para uma empresa privada, Flávia Garcia disse que "toda população já sabe para onde vai o dinheiro da venda da travessa do Cotovelo". “São recursos que serão acrescentados à Fonte 100 (governo) e vão para a Educação, Saúde e o restante para ajudar no pagamento dos salários do funcionalismo". No tocante à dengue, ele foi categórico em dizer que a campanha para conter o mosquito Aedes aegypty, que provoca a doença, está nas ruas para todo mundo ver. “Estão aí os mutirões de limpeza e campanhas de esclarecimento”. Quanto a falhas na coleta do lixo, o secretário pondera que a situação está sendo resolvida com nova licitação para contratar concessionária dos serviços.