O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a falar sobre o vídeo divulgado em rede nacional, em que aparece colocando maços de dinheiro no paletó. Essa foi a segunda vez que o emedebista grava vídeo direcionado ao eleitor cuiabano, rebatendo as acusações do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), que usou o material em seu acordo de colaboração premiada (delação), colocando o ex-deputado estadual como um dos parlamentares que receberam propina durante sua administração.

No vídeo publicado em suas redes sociais, Emanuel afirma que aguarda que a justiça seja feita, sendo inocentado na ação que tramita na Justiça Federal de Mato Grosso e que teve seu sigilo quebrado nas vésperas do início da campanha eleitoral.

O emedebista mantém o posicionamento de negar que o dinheiro que recebeu do então chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa, seja de propina. Segundo ele, o valor era referente ao pagamento de uma dívida que o ex-chefe do Paiaguás tinha com seu irmão, Popó, dono de um instituto de pesquisa.

Emanuel conta que seu primeiro sentimento ao ver sua imagem divulgada na imprensa nacional, em 2017, foi de revolta, uma vez que estaria impedido de falar abertamente sobre o caso, por conta da confidencialidade da investigação.

“Quando me envolveram nessa trama do ex-governador, meu primeiro sentimento foi o de revolta. São muitos anos construindo uma carreira dedicada a servir, jogados na vala comum, colocados em meio a situações que não tem a menor relação. Aquela gravação me causa esse sentimento até hoje. Fui receber um pagamento devido ao meu irmão Popó, imaginando que receberia uma folha de cheque e acabei sendo usado por delatores, como se tivesse ido receber algo para mim. Pode reparar que eu peço para que o restante da dívida fosse feito por meio de transferência bancária”, diz.

O prefeito também revelou ter sentido tristeza ao ver que seus adversários políticos que, segundo ele, se aproveitaram dos anos de sigilo judicial para atacá-lo. “Adversários políticos utilizaram trecho público dessa história para promover um verdadeiro linchamento moral, politizando o momento e gerando dúvidas sobre minha conduta. Quando olho para as cenas gravadas, entendo que você também fique indignado. Tirada do contexto, as cenas causam vergonha e eu sinto muito por isso”.

Por fim, Emanuel pede que o eleitor lhe dê um voto de confiança, analisando tudo o que ele entregou em quatro anos de mandato e o que ainda é capaz de entregar. “Estou esperando que o julgamento se concretize o mais rápido possível para que possa virar essa página da história e seguir em frente”.