Concurso será em 3 etapas; a última vai ser em 21 de março
O maior concurso público do país, com 271 mil inscritos para 10.086 vagas, será realizado em três datas diferentes, sendo elas 31 de janeiro, 21 de fevereiro e 21 de março. A decisão tomada nesta segunda cedo será comunicada oficialmente em entrevista coletiva, às 14h30, no Palácio Paiaguás, pelo secretário-chefe da Casa Militar, coronel Alexander Maia. Sua escolha pelo Palácio Paiaguás é por se tratar de pessoa de confiança do governador Blairo Maggi, a quem auxilia desde 2003.
Com surgimento de uma terceira data, não caberá mais a Blairo Maggi, mas sim a Silval Barbosa (PMDB), que assume o comando do Estado 10 dias depois do Estado aplicar a última etapa do certame, a missão de nomear os aprovados, inclusive já dentro do prazo-limite por se tratar de um ano eleitoral. Pela legislação, não se pode realizar concurso e nem nomear os aprovados dentro dos seis meses que antecedem às eleições gerais, que acontecem em outubro.
Datas da realização do
maior concurso do país
31 de janeiro
21 de fevereiro
21 de março
Em princípio, as provas estavam marcadas para janeiro, com convocação de 65% dos concorrentes, e fevereiro, com os demais 35%, mas, para facilitar a logística e organização, optou por uma terceira etapa. A medida surge por precaução. O governo não quer repetir o fiasco daquele 22 de novembro, quando uma série de falhas, entre elas vazamento de provas e de gabarito, questões mal elaboradas e falta de espaço físico para os candidatos, levou a Universidade do Estado (Unemat) a decidir pela suspensão do certame.
Desta vez, a Unemat está limitada ao trabalho de elaboração das provas. A coordenação do concurso está sob a Casa Militar, com participação de outras pastas, como Administração, Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Ministério Público e a OAB. Essa comissão, que conta com participação de três servidores do Estado, acompanha todos os procedimentos.
O temor do Palácio Paiaguás é do concurso fracassar de novo, agora por sabotagem, já que todos os demais cuidados quanto à logística estão sendo tomados. A preocupação aumentou ainda mais depois que o Palácio Paiaguás recebeu informações de que, motivadas por questões político-eleitorais, algumas pessoas dentro da própria Unemat, responsável pela elaboração das provas, estariam se juntando para evitar êxito no certame e, assim, desestabilizar o governo. O setor de inteligência das polícias e o Gaeco começaram a agir para coibir esse tipo de crime. (Romilson Dourado)
(Atualização às 8h50)