Executivo
Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 08h:50 | Atualizado: 05/03/2021, 16h:40
Com colapso na saúde, Mauro e outros 13 governadores cobram vacina a Bolsonaro
Andhressa Barboza
Diante de hospitais lotados de pacientes graves com Covid-19 e sem vacinas para imunizar a população, 13 governadores, entre eles Mauro Mendes (DEM), assinaram uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apelando para que adote medidas junto a entidades estrangeiras e organismos internacionais para adquirir novas doses de imunizantes.
Reprodução/TV Globo

Lotação em UTIs no Estado se aproxima de 100% e MT está no limite
“A vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável, e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia”, defendem os governadores.
Os estados já estão no limite para abrir UTIs e a estimativa é que os casos cresçam com novas variantes do vírus, ainda mais contagiosas, circulando.
“Esse conjunto de ações (medidas restritivas à circulação de pessoas), ainda que indispensável, demonstra estar próximo do exaurimento. Ninguém discorda de que, nas próximas semanas, talvez meses, a pandemia seguirá ceifando vidas, ameaçando, desafiando e entristecendo todos nós”, diz trecho.
Em MT, o Ministério da Saúde habilitou apenas 51 dos 356 leitos de UTIs Covid-19 solicitados pelo governo de Mato Grosso ainda em janeiro e fevereiro. Sem capacidade para abrir novos leitos, o colapso é considerado inevitável.
Mauro tem tentado a compra de vacinas pelo governo do estado o que pode ocorrer só a partir de maio. Isso porque as primeiras 10 milhões de doses da russa Sputnik V, fabricada pela União Química, vão para o Ministério da Saúde que vai distribuir entre os estados. O governador até admite a possibilidade de comprar e enviar à União para distribuir entre os estados.
CARTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Os Governadores dos Estados abaixo assinados solicitam ao Presidente da República Federativa do Brasil imediata adoção das providências necessárias a fim de viabilizar a obtenção – junto a entidades estrangeiras e organismos internacionais – de novas doses de imunizantes contra a Covid19, de modo a auxiliar no controle do aumento exponencial dos casos de infecção e do número de óbitos pelo coronavírus, conforme observado nos últimos dias em todo o território nacional.
Os Entes Federados têm envidado todos os seus esforços, mas estão no limite de suas forças e possibilidades. Nos últimos meses, instalaram milhares de novas vagas em Unidades de Terapia Intensiva, contrataram profissionais de saúde de diversas áreas e viabilizaram a compra de equipamentos, além de investirem em medidas como o distanciamento social e a orientação da população por meio de estratégias claras de comunicação.
Esse conjunto de ações, ainda que indispensável, demonstra estar próximo do exaurimento. Ninguém discorda de que, nas próximas semanas, talvez meses, a pandemia seguirá ceifando vidas, ameaçando, desafiando e entristecendo todos nós.
Nesse contexto, a vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável, e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia, permitindo que o Brasil, seus Estados e Municípios, aos poucos, possa retornar à normalidade, com as devidas medidas sanitárias e econômicas.
Reconhecemos que, neste grave momento, há no mundo uma extraordinária procura por vacinas, junto a diferentes fornecedores. Acompanhamos o anúncio de novas aquisições pelo Ministério da Saúde, mas também percebemos que é preciso agilizar mecanismos de compra, explorar e concretizar todos os meios de aquisição disponíveis, para vacinar, no menor espaço de tempo possível, a maior quantidade de brasileiros. Se não tivermos pressa, o futuro não nos julgará com benevolência.
Por isso, pedimos ao Governo Federal, especialmente por meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esforço ainda maior para obter, em curto prazo, número consideravelmente superior de doses. Caso seja possível, sugerimos também o requerimento de apoio e intermediação da Organização Mundial da Saúde.
Neste momento, há novas, reais e importantes justificativas para que o Brasil obtenha, com celeridade, novas remessas de imunizantes, a principal delas é a chegada e a rápida disseminação, já no estágio de transmissão comunitária, da nova variante P1, que tem se revelado ainda mais letal, prejudicando os esforços para proteger a vida de nossas cidadãs e cidadãos, bem como de suas famílias.
O mundo acompanha com preocupação o rápido avanço do contágio por essa variante no Brasil, o que torna o bloqueio da disseminação desse tipo de vírus matéria de interesse de diversas nações, inclusive porque outras variantes podem dela advir.
O percentual de vacinas aplicado no Brasil, a despeito do empenho de Governadores, Prefeitos e profissionais da saúde em todo o País, ainda é muito baixo e, no ritmo atual, infelizmente, atravessaremos o ano lamentando a irreparável perda de vidas, além da baixa expectativa de imunizar efetivamente todos os grupos prioritários. Os exemplos cada vez mais bem-sucedidos de países que estão contendo a pandemia por meio da vacinação, combinada com outras práticas de prevenção e higiene, não remete a outro caminho que não seja o esforço político e diplomático de todos – liderado no plano das relações internacionais pelo Governo brasileiro – a fim de garantir, desde logo, novos carregamentos de vacinas.
Esses imunizantes são hoje para o Brasil e para os brasileiros muito mais do que uma alternativa ou medicamento: representam a própria esperança da população e, nesse sentido, nenhum governante pode correr o risco de não esgotar todas as possibilidades ou de procrastinar ações e procedimentos. Cada minuto, cada hora e cada dia são preciosos e decisivos, e constituem a triste diferença entre viver ou morrer.
Por fim, os Governadores que subscrevem este documento estão, como sempre estiveram, à disposição para colaborar para a consecução das medidas propostas, e confiam que o Governo Federal pode acelerar os procedimentos necessários – utilizando a importância geopolítica, histórica e econômica do Brasil – à obtenção de novos aportes de imunizantes para a população brasileira.
Brasília, 4 de março de 2021.
RENAN FILHO
Governador do Estado de Alagoas
WALDEZ GOÉS
Governador do Estado do Amapá
RUI COSTA
Governador do Estado da Bahia
CAMILO SANTANA
Governador do Estado do Ceará
RENATO CASAGRANDE
Governador do Estado do Espírito Santo
FLÁVIO DINO
Governador do Estado do Maranhão
MAURO MENDES
Governador do Estado de Mato Grosso
HELDER BARBALHO
Governador do Estado do Pará
JOÃO AZÊVEDO
Governador do Estado da Paraíba
PAULO CÂMARA
Governador do Estado de Pernambuco
WELLINGTON DIAS
Governador do Estado do Piauí
FÁTIMA BEZERRA
Governadora do Estado Rio Grande do Norte
EDUARDO LEITE
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
BELIVALDO CHAGAS
Governador do Estado de Sergipe
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Comentários (13)
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Ribeiro | Sábado, 06 de Março de 2021, 07h5001
João, sério que MPF e PF deveriam investigar o dinheiro que foi enviado para a COVID-19? E quem vai fazer a denuncia, você?...e vai denunciar o que?...Nossa! que ideia brilhante, hein...vc é um gênio ..kkk...Bolsonaristas, só rindo mesmo.
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JUSTO VERISSÍMO | Sábado, 06 de Março de 2021, 00h4410
Paulo Mullet você nao passa de um esquerdista ptralha, que faz de bobo e desentendido.
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Luciano Coutinho | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 14h5876
Vamos derrubar Bolsonaro ou ele destrói o Brasil!!!!
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joao | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 14h5383
O MPF e PF deveriam investigar onde foram gastos os bilhões de reais que o governo federal mandou para os estados. Para MT foram mais de 15 bilhões de reais.
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Reis | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 12h46131
Ontem Mauro mente se reuniu na casa de uma empresária com um bando de políticos, sem máscara, sem porr.
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januário | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 11h5281
Os três estados da Região Centro-oeste têm o seguinte contingente populacional: Goás - 7.100.00 hab; MT - 3.500.000 hab e MS - 2.800.000 hab. A vacinação do contingente de cada estado é o seguinte em 04/03/2021. MS - 4,35%; GO - 3,26% e MT - 2,55%, na rabeira. A meu ver há dois componentes importantes que impactam esses números: Foco na aplicação dos recursos disponíveis em tempos de pandemia e competência. Construir estradas, pontes, viadutos e asfaltamento de vias públicas, não combate o Covid-19.
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Juca Pirama | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 10h30134
O pãozinho que você comeu hoje de manhã, é da IRRESPONSABILIDADE de um padeiro que foi trabalhar.
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Freud | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 10h1955
PAULO MULLER voce vive em Nárnia? UTI e DINHEIRO NÃO RESOLVEM? então qual a finalidade de se fechar o comercio, decretar quarentena, não é para evitar o colapso da saúde por FALTA DE LEITOS DE UTI. E dinheiro que os governadores pediram ano passado não era para isso, AUMENTAR LEITOS de UTI? As pessoas não estavam sendo salvas por estarem sendo atendidas em uma UTI? Se não resolve então pra que fechar tudo? Deixa então entrar em colapso ja que não resolve. Essas pessoa que vivem em Nárnia acha que o país nosso é igual ao mundo da fantasia que esta gente vive. UTI e dinheiro não resolvem? piada dos Narnista só pode kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Zê Burgues | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 10h12411
Gente FIQUEM EM CASA, é tão fácil fazer isso, pois não ponho o pé na rua faz UM ANO, quando começou a pandemia. Leio, aproveito meu pacote da TV paga, assisto minha series favoritas, experimento receitas, até comecei a pintar. Exercito-me na esteira da sala do meu triplex. Peço meus queijos e vinhos importados, minhas compras no Supermercado do Santa Rosa, tudo por aplicativo. Não tenho contato com ninguém das ruas, isso deixo para os meus funcionários do meu Edifício. Faço sacrifícios: sinto falta da caminhada no parque, dos meus restaurantes Vips preferidos, de viajar para a Europa. Tenho trabalhado em casa faz 1 ano em Home Office e todo mês meu salário esta na conta. Você, não confinado, sabota meus sacrifícios, espalhando o vírus. Devo qualificá-lo como um ser antissocial, um genocida. Ficar em casa é tão fácil. Se eu consigo todos conseguem.
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Juca Pirama | Sexta-Feira, 05 de Março de 2021, 10h0698
O arroz, feijão e bife que você vai comer hoje, é da IRRESPONSABILIDADE de um empresário que abriu sua empresa e foi trabalhar.
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