Executivo
Quarta-Feira, 13 de Janeiro de 2021, 09h:10 | Atualizado: 13/01/2021, 09h:22
Conselho defende que presidente do Indea seja investigado por assédio a funcionária
Andhressa Barboza
Deve ser investigada a denúncia de uma jovem de 19 anos que afirma ter sofrido assédio sexual do presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Marcos Catão Dornelas Vilaca. É o que defende a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM-MT) e procuradora do Estado, Glaucia Amaral.

A presidente do conselho defende que o caso do presidente do Indea-MT seja investigado
“Esperamos que a verdade venha à tona e que a violência contra a mulher seja combatida e não passem impunes os que a praticam, ou qualquer outro tipo de violência no local de trabalho ou na sociedade”, diz trecho de nota enviada à imprensa.
A presidente do conselho reforça que é o segundo escândalo envolvendo gestores da instituição e pede providências do Governo do Estado. O caso recente, segundo a denunciante, ocorreu em novembro do ano passado e ela conta que Marcos ficou massageando o pênis e a olhava fixamente quando ela estava sozinha com ele dentro da sala para repor garrafas de água.
O afastamento de Marcos de suas funções no Indea foi pedido pela vice-presidente da Assembleia, deputada Janaina Riva (MDB). Contudo, até o momento o governo não se manifestou. A funcionária, que executava serviços gerais dentro da instituição, deixou o emprego após o caso e a Casa Civil ainda não se pronunciou se ela será recontratada.
Ano passado, houve outro escândalo envolvendo um ex-gestor do Indea. Ele foi exonerado após ser flagrado pelo sistema de monitoramento interno fazendo sexo dentro do gabinete da presidência. Nesse caso, o ato teria sido consensual.
Nota à Imprensa – Caso Indea
Diante do relato de assédio sexual sofrido por uma ex-servidora do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), que denunciou como autor do abuso o presidente do órgão, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM-MT) vem a público defender que os fatos sejam apurados dentro do devido processo legal, com as garantias cabíveis.
Contudo, não podemos ficar passivas diante das acusações e do fato que o INDEA é pela segunda vez objeto de notícias que dão conta de assédios sexuais cometidos dentro da instituição.
Tais suspeitas demonstram que ações precisam ser tomadas como forma de combater possíveis abusos e evitar que todo tipo de discriminação e violência seja cometida, entre elas as que garantam uma ambiência saudável para o local de trabalho. O CEDM também sugere a instalação de um comitê de igualdade que promova segurança, igualdade e espaço de denúncias dentro da instituição.
As ações sugeridas não devem se limitar ao INDEA e precisam ser fomentadas em todos os órgãos e poderes que funcionam com recursos públicos, pois devem ser as primeiras a fazer cumprir o estado democrático de direito, combatendo o assédio e a discriminação que são motivos pelos quais muitas vezes nós mulheres não conseguimos desenvolver em pé de igualdade nossas carreiras.
Por fim, esperamos que a verdade venha à tona e que a violência contra a mulher seja combatida e não passem impunes os que a praticam, ou qualquer outro tipo de violência no local de trabalho ou na sociedade.
Glaucia Amaral - Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM-MT)
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Comentários (1)
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GIL | Quarta-Feira, 13 de Janeiro de 2021, 13h3311
Se quando a verdade vier à tona provando que não houve assédio, como ficará para Janaína e essa tal presidente das mulheres?
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