Executivo
Quarta-Feira, 13 de Novembro de 2019, 12h:14 | Atualizado: 13/11/2019, 12h:29
Conselho pede vista e analisa proposta; Previdência complementar pode ser criada
Allan Pereira e Vinicius Bruno
Todos os membros do Conselho do MT Prev, sob justificativa de que precisam estudar melhor a proposta da Reforma da Previdência de Mato Grosso, pediram vistas do projeto apresentado pelo Executivo, que segue as mesmas normas aprovadas pelo Congresso Nacional na reforma feita pelo Governo Federal. Eles terão cinco dias úteis para analisar, sendo que, no decorrer deste prazo, haverão várias reuniões com técnicos do governo. O Palácio Paiaguas se diz aberto ao diálogo, mas tem pressa porque há expectativa de que o rombo previdenciário seja de R$ 31,1 bilhões até 2029.
O apurou que, nos bastidores, uma das preocupações dos membros é com o teto pago aos pensionistas. Ciente da situação, o Executivo planeja encaminhar, junto com a reforma estadual, uma previdência complementar. Ela poderá ou não ser aderida pelos servidores dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, além de órgãos do Tribunal de Contas e Ministério Público.
Christiano Antonucci

Governador Mauro Mendes conduz reunião e apresenta dados sobre o rombo da previdência. Desembargador Perri e José Antônio
Na reunião do conselho, que durou três horas nesta quarta (13), o presidente do MT Prev Elliton Souza expôs que mais de 50% dos aposentados têm entre 40 a 55 anos, enquanto somente 7,28% têm mais de 65 anos. Segundo levantamento do governo a reforma vai gerar uma economia de até R$ 6,1 bilhões até 2029. Mesmo com o projeto, a previdência ainda vai fechar as contas no vermelho no final dos próximos dez anos.
“Estamos dispostos a construir a melhor situação para o Estado de Mato Grosso e sociedade”
Mauro CarvalhoO secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho reconhece que as medidas não vão zerar o rombo da Previdência. “Ele vai ser mitigado”, disse a jornalistas depois da reunião com os membros do MT Prev. E acrescenta: “logicamente, que existe um início de recuperação de receita, mas depois o deficit continua e muito menor que a situação que estamos hoje”.
Cita que, atualmente, o Estado tira R$ 115 milhões de outras fontes para pagar os aposentados. “Esse ano vai faltar 1,3 bilhão. O que significa isso para a sociedade? Significa menos investimento na saúde, infraestrutura, segurança, educação. Todo mundo tá pagando essa conta”, ressalta.
Mauro avalia que, para continuar a previdência da forma que está, só aumentando impostos. “A sociedade está disposta a dobrar o valor da energia elétrica? A sociedade está disposta a criar um novo Fethab? Ninguém está disposto a isso. Nessa reforma, que está sendo proposta hoje, não interfere na vida do cidadão”.
Após o prazo para análise e discussões, os membros do conselho do MT Prev voltarão a se reunir e discutir o projeto da reforma da previdência estadual. “Estamos dispostos a construir a melhor situação para o Estado de Mato Grosso e sociedade. Tudo aquilo que vier, como sugestão, para melhorar ainda mais esse projeto do Governo Federal, estamos aberto a discussão”, disse Mauro. Em seguida, a discussão ocorrerá na Assembleia Legislativa.
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Comentários (2)
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Alberto | Quinta-Feira, 14 de Novembro de 2019, 07h4710
E quais são os servidores que se aposentam cedo no Estado? Só pode ser policial militar, que ironicamente estão fora da reforma da União. Então, vão continuar se aposentando cedo e encarecendo a conta, ou seja, será uma reforma podre.
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Robertinho Kanashiro | Quarta-Feira, 13 de Novembro de 2019, 23h1000
Na moral!!! Nesse país, quem trabalha honestamente só tnc!!! Q país é esse???
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