Gilberto Leite/Arquivo

Após a decisão pela troca do modal VLT pelo BRT, Governo e CAF passaram a trocar farpas e a empresa nega estar inidônea e impedida de contratar

O governador Mauro Mendes (DEM) respondeu, em parte, as alegações da CAF Brasil Indústria e Comércio S/A, uma das empresas responsáveis pelo Consócio VLT. Incomodado com a nota divulgada pela CAF onde a empresa acusa o governo de espalhar notícias falsas para justificar a troca do modal VLT pelo BRT, o chefe do executivo reafirmou que a empresa cometeu irregularidades.

“Primeiro, que o consórcio CAF praticou corrupção, eles confessaram isso, está nos processos judiciais. A partir do momento que tem a público, começando com esta mentira, não merece nem comentário”, disse Mauro em coletiva à imprensa nessa terça (27).

Porém, o governador evitou entrar em detalhes sobre outros pontos da nota como a afirmação de que a CAF estaria inidônea e, por tanto, impedida de ser contratada pela administração pública. Isso porque, o ex-governador Silval Barbosa, em delação premiada, afirmou que para as obras do VLT a CAF teria pago propina de R$ 18 milhões.

A CAF nega estar inidônea. Segundo o apurou, em 2018, o estado voltou atrás quanto à inidoneidade da empresa, a decisão circulou na edição do Diário Oficial de 6 de fevereiro daquele ano. Apesar da PGE ter recomendado em outro sentido, o estado manteve o recuo.