O impacto da troca de modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande, do Veículo Leve sobre Trilhos(VLT) para Bus Rapid Transit (BRT), preocupa o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PL), que ainda reclamou da postura do governador em tomar decisões unilaterais.

Da AMM

O presidente da AMM, Neurilan Fraga, reclamou da falta de consulta prévia às prefeituras

“A decisão sem discutir com os dois prefeitos (Cuiabá e VG) e mesmo sem ouvir, uma decisão dessas impacta nos demais município, pois a partir do momento que o Estado pega financiamento ou vai gastar recursos próprios, vai colocar aqui o dinheiro arrecadado de todos os municípios, em Cuiabá e Várzea Grande, poderia estar investindo nos municípios”, afirmou ao .

Ele faz referência ao secretário de Fazenda Rogério Gallo que chegou a dar declarações à imprensa garantindo que o Estado pode arcar com as obras, mesmo sem os recursos de financiamentos. Para implantar o VLT, o Estado já pagou R$ 1,066 bilhão ao consórcio VLT (empresas CR Almeida e a espanhola CAF), que era responsável pela obra, e mais de R$ 546 milhões em juros e amortizações do financiamento feito para tornar o modal uma realidade em Cuiabá.

As obras do VLT foram iniciadas em 2012 e estão paradas desde dezembro de 2014. O orçamento inicial para implantação do modal é de R$ 1,477 bilhão. Estimativa é que novo modal, o BRT, custe R$ 430 milhões aos cofres públicos.

Empossado para o 4º mandato à frente da AMM, Neurilan não teve apoio do governador, que preferiu pedir votos ao adversário Mauro da Rosa (PSD). Ele chegou a falar em interferências do governo na eleição da entidade. O episódio foi considerado superado e Neurilan diz esperar mais diálogo nos próximos dois anos da Gestão Mauro.

“Não sei se o governador não sabe conversar, mas ele tem tomado algumas atitudes unilaterais, a gente percebe. Represento uma entidade e algumas decisões são sem consultar, espero que nesses dois últimos anos ele tenha uma postura diferente”, concluiu.