Prefeito eleito e recém-empossado de Jangada (a 75 km de Cuiabá), Rogério Meira (PP), que é o mais jovem de Mato Grosso, diz ter levado um susto com duas dívidas "gigantes" herdadas de gestões anteriores e que a maior delas não foi nem informada na transição.

Uma delas chega a R$ 2,4 milhões, referente a uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que acionou o município em 10 de dezembro de 2018, quando o prefeito ainda era Ederzio Mendes (DEM), o Garrincha, cobrando o Programa de Controle Médico de Saúde Operacional (PCMSO) e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) dos enfermeiros, técnicos em enfermagem, agentes comunitários de saúde e agentes de combates de endemias.

Na época, o município pediu 120 dias para regularizar a situação, mas nada foi feito.

A multa fixada pelo juiz foi de R$ 100 mil por mês e por isso o débito atual ultrapassa os dois milhões de reais por não cumprimento da obrigação.

Além disto, o município não respondeu às notificações, nem participou das duas audiências para elaboração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), também não apresentou defesa no processo, ocorrendo à revelia.

Diante disso, Rogério Meira diz ter chamado o jurídico para encontrar uma saída, já que este valor é alto demais para o erário local, seria um abalo nas contas. Ele disse que vai criar o PCMSO e PPRA, para evitar novas decisões judiciais negativas.

A outra dívida é de R$ 800 mil com a Energisa, referente a iluminação pública e faturas em aberto, justamente no período de mandato do ex-prefeito Valdecir Kemer, o Gauchinho, isso há 8 anos atrás. Valor que nunca foi pago e se acumulou.