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Sábado, 25 de Maio de 2019, 07h:39 | Atualizado: 02/06/2019, 07h:24
Mato-grossense se muda para os EUA e conclui mestrado em universidade famosa
Vinícius Lemos
Arquivo Pessoal

Graziele Hansen com as colegas de mestrado durante solenidade de conclusão do mestrado
A mato-grossense Graziele Hansen, 33 anos, se mudou para o Estados Unidos há quase duas décadas. Ela planejava passar um ano fora do Brasil e logo voltar a Cuiabá, onde morava. No entanto, os planos foram alterados e ela permaneceu no país norte-americano por tempo indeterminado. Por lá, se formou em enfermagem e, nesta terça (21), concluiu mestrado em enfermagem anestesista na conceituada Columbia University, em Nova York.
Nascida em Guiratinga (a 328 km de Cuiabá), Graziele veio com a família para a Capital mato-grossense no primeiro ano de vida. Aos 14 anos, ela se mudou para West Palm Beach, na Flórida, onde morou na casa de parentes. Filha de um empresário e de uma servidora pública, a então adolescente ouvia os pais comentarem sobre a importância de aprender inglês para que pudesse ter mais oportunidades na vida profissional.
“Eu sabia apenas o inglês mais básico possível, que é aquele ensinado nas escolas. Então, sofri muito nos primeiros meses em que cheguei nos Estados Unidos. Estudava em uma escola cheia de americanos e não saber inglês era muito complicado. Eu chegava em casa, traduzia as minhas tarefas do inglês para o português para que pudesse entender”, diz.
Arquivo Pessoal

Graziele Hansen concluiu mestrado em enfermagem anestesista na conceituada Columbia University, em Nova York. Acima, Graziele no curso e com colegas
Após estudar intensamente por conta própria, ela aprendeu o idioma. “Foi muito sacrifício, mas com seis meses aqui já sabia falar inglês. Não era fluente, mas conseguia me comunicar normalmente. Com o tempo, fui melhorando ainda mais”, diz. Antes de completar um ano, ela decidiu permanecer nos EUA. “Percebi que aqui poderia ter um futuro melhor”, comenta. Os pais, apesar da saudade, apoiaram a decisão da filha em viver longe deles.
“A minha vida passou a ser totalmente dentro de um laboratório, por conta dos estudos”
Graziele HansenEla concluiu o high school - espécie de ensino médio nos EUA - no fim da adolescência. Aos 18 anos, se casou com um americano, com quem havia começado a namorar anos antes - eles permanecem juntos.
Desde que se mudou para os Estados Unidos, Graziele sonhava em fazer um curso superior no país. Depois de casada, começou a cursar enfermagem, na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.
Graduação e mestrado
Arquivo Pessoal

Graziele Hansen revela que estudos foram financiados, mas garante que valeu a pena
Após concluir o bacharelado em enfermagem, em 2013, trabalhou durante três anos até iniciar o mestrado, na Columbia University, em Nova York. “No Brasil não há enfermeiro anestesiologista. Mas, aqui existe e o profissional é totalmente responsável pelo serviço anestésico para o paciente”, detalha.
Durante o mestrado, ela chegou a estudar 13 horas por dia. “A minha vida passou a ser totalmente dentro de um laboratório por conta dos estudos”, comenta.
A graduação e mestrado dela foram pagos por meio de um programa dos Estados Unidos no qual o estudante faz um empréstimo para quitar as mensalidades e, posteriormente, paga pelo montante. “Vou pagar pelo resto da minha vida, mas sei que valeu a pena”, declara.
Ela conta que não foi necessário passar por processos seletivos para entrar nos cursos, porém frisa que sempre se dedicou para tirar boas notas. “Aqui as notas são consideradas muito importantes [para o futuro profissional do universitário]. Além disso, trabalhos voluntários também são tidos como importantes para a formação”.
Ao comparar a educação à qual teve acesso nos Estados Unidos e a brasileira, a enfermeira afirma acreditar que o ensino superior nos EUA possui características melhores. “Isso é especulação, pois nunca fiz faculdade no Brasil. Mas, aqui nos Estados Unidos, você faz quatro anos de segundo grau, mais quatro de bacharelado e se especializa em algo”.
“Por exemplo, tive de trabalhar por três anos em uma UTI de trauma para poder aplicar para o mestrado”, completa.
Sem planos de morar no Brasil
Graziele visita Cuiabá a cada dois ou três anos. Ela conta que não planeja trabalhar por aqui e irá permanecer nos Estados Unidos. “O meu objetivo é continuar em Nova York e trabalhar em um hospital grande de traumas, para pegar mais experiência”, comenta.
Ela ressalta que não pretende voltar ao Brasil por considerar que há muita corrupção. “Acho que voltar não seria uma opção para mim. Depois de tantos anos fora, ficaria muito revoltada com a situação do país e com a pobreza enfrentada por tantas pessoas. Além disso, já me acostumei com os Estados Unidos”, diz.
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Comentários (7)
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Michelle Souza Vilela | Sábado, 25 de Maio de 2019, 23h1250
Parabéns Grazi👏👏👏
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Edesio | Sábado, 25 de Maio de 2019, 14h3970
Parabéns minha neta pela sua luta que deus te abençoe muito o vó te ama
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Carlene Grubamn | Sábado, 25 de Maio de 2019, 11h0870
Parabens! Quem mora aqui sabe o quanto e difícil o sonho da universidade para os imigrantes. Agora e so colher os frutos! Acompanhei esta jornada. Grazy sempre foi uma menina dedicada! Lugar merecido na terra do Tio Sam. Congratulations este lugar e ocupado por poucos!!!!
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Lulu | Sábado, 25 de Maio de 2019, 09h4649
Não é Harvard?hehehe
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Pamela | Sábado, 25 de Maio de 2019, 09h1580
A familia e de Tesouro e deseja o Parabéns prima,por esta jornada que sabemos que não e nada facil. Você merece o melhor da sua vida, pois a familia sabe da sua luta. A Familia Buscapé te ama muitoooo
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Gladston | Sábado, 25 de Maio de 2019, 09h0181
A Graziele apenas nasceu em Guiratinga mas é de Tesouro
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Graziella | Sábado, 25 de Maio de 2019, 08h09100
Parabéns para quem se formou de VERDADE em uma Universidade norte-americana.
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