Judiciário
Terça-Feira, 30 de Março de 2010, 07h:31 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:25
Advogados debatem escândalos envolvendo magistrados de MT
A crise institucional estabelecida no Judiciário mato-grossense incitou a Ordem dos Advogados do Brasil a promover simpósio a fim de debater práticas de desvios de dinheiro, nepotismo e venda de sentença na esfera. O debate deve acontecer no final de abril. A ideia é discutir medidas para evitar danos à prestação jurisdicional. “Nossa preocupação é que essa crise se alastre para uma situação irreversível, atingindo diretamente a sociedade”, disse o presidente da seccional Mato Grosso, Cláudio Stábile.
O simpósio deverá contar com a participação de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que nos últimos dois meses determinou as aposentadorias compulsórias de 11 magistrados. Terão suas atitudes analisadas pelos advogados os desembargadores José Ferreira Leite, José Tadeu Cury e Mariano Alonso Travassos, e dos juízes Marcelo Souza Barros, Antonio Horácio da Silva Neto, Irênio Lima Fernandes, Marco Aurélio dos Reis Ferreira, Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeiro Caravellas e Maria Cristina Oliveira Simões, punidos por participação em esquema de desvios de recursos públicos para beneficiar a maçonaria.
A situação do desembargador José Jurandir de Lima, aposentado compulsoriamente por prática de nepotismo, também será ressaltada no debate. O desembargador Paulo Lessa, que havia contratado auditoria para investigar a folha de pagamentos que serviu de fonte de informação para a punição de 10 magistrados e, agora, é investigado por suposta contratação ilegal da empresa auditora, também será analisado. Entra também para a lista de debates a investigação sobre venda de sentença, da qual se aguarda resultados.
Stábile também vai convidar para o simpósio o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Silvério Gomes, e representantes do quinto constitucional da Ordem junto ao TJ, sendo eles os desembargadores Rubens de Oliveira, Maria Helena Póvoas e Luiz Ferreira da Silva. Também devem participar membros do Ministério Público, Defensoria Pública e Procuradoria do Estado.
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Comentários (4)
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Olivaldo. | Domingo, 20 de Fevereiro de 2011, 08h4500
É uma pouca vergonha essa Justiça de Mato Grosso. Depois querem que o povo confie nela. Mande todos os envolvidos pra cadeia, onde é o lugar deles, e não aposentadorias milionárias as custas do povo!!!!
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zequinha de abreu | Sábado, 03 de Abril de 2010, 07h1700
caro presidente . ficar soh na conversa em palestras não funciona . precisa apurar os fatos e os responsaveis , inclusive os lobistas parentes e advogados .
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Lucmorena | Terça-Feira, 30 de Março de 2010, 15h2500
O que o sujo quer falar do mau lavado. Conforme reportagem passada hoje na TVCentro América, a sujeira já começa na própria OAB, quando não investiga seus próprios.
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Justiça | Terça-Feira, 30 de Março de 2010, 09h1300
É o momento da OAB formalizar e mostrar o seu verdadeiro compromisso com a sociedade Matogrossense, de ordenar o que diz respeito a justiça. E que seja feita!
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