Judiciário
Segunda-Feira, 19 de Outubro de 2020, 07h:20 | Atualizado: 20/10/2020, 07h:32
Investigações apontam duas teses para execução de empresário: crime de mando
Bárbara Sá e Mikhail Favalessa
Investigações apontam duas teses para o assassinato do empresário Wagner Florêncio Pimentel, 47 anos, executado com cinco tiros em fevereiro do ano passado. A primeira é que a esposa Keila Catarina de Paula, Michel Padilha da Silva e Lucas Osório Goes Filho seriam os mandantes da morte uma vez que tentavam “cessar” as investigações da Operação Credito Podre contra eles. A segunda é um desentendimento entre a vítima e Edemilson dos Santos Siqueira, vulgo Pastor, na contratação de uma advogada para patrocinar a liberdade do empresário e de Keila. Documentos aos quais o teve acesso apontam que as investigações entenderam que a morte de Wagner foi um crime de mando.
PJC

Investigações foram conduzidas na Polícia Judiciária Civil pela delegada Jannira Laranjeira
Os documentos da investigação apontam que em 11 de fevereiro de 2019, dois dias depois da execução, a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) recebeu uma denúncia anônima informando que os mandantes do crime eram pessoas ligadas à “Crédito Podre” e transporte de grãos. O denunciante ainda citou os nomes da esposa da vítima, Keila, Michel e Lucas, dizendo inclusive que o crime tinha sido encomendado 120 dias antes.
No dia seguinte, o denunciante voltou a entrar em contato com a DHPP para acrescentar ainda a cor e modelo dos carros e números de celulares de Michel e Lucas. E que esses carros estavam nas imediações do local onde o empresário foi executado. Os documentos apontam ainda que o Corolla ligado a Michel foi identificado em diligencias da DHPP deixando a esposa de Wagner nas imediações da avenida General Vale, próximo à Capela Jardins.
Reprodução

Relatório da DHPP mostra que dívida de serviços advocatícios pode ter motivado execução do empresário delator
Keila disse em depoimento que, durante o período em que o marido ficou preso, Michel Padilha teria a auxiliado na regularização das empresas que estavam em nome do casal. Mas como em fevereiro de 2018 ela também foi presa, não conseguiu concluir os processos. E que depois que saiu da cadeia se separou de Wagner e se envolveu amorosamente com Michel, mas que suas filhas não tinham conhecimento desse fato.
As investigações apontam ainda que Keila teria mentido quando disse que não teve contato com Michel do dia 10, um dia após o crime. Imagens colhidas pelos investigadores mostram que ela, Michel e Walérya (filha do empresário) estiveram juntos na Central de Registro de Óbitos.
Em depoimento, a esposa relatou na DHPP que enquanto Wagner estava preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) teve um desentendimento com o detento conhecido como “Pastor”. E que o empresário prometia muitas coisas aos presos. Wagner teria até memso prometido ao homem que colocaria uma piscina na casa da esposa do preso. E que em troca disso Wagner recebia algumas regalias no CRC.
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