Judiciário
Terça-Feira, 27 de Outubro de 2020, 19h:17 | Atualizado: 29/10/2020, 08h:02
Juiz pede nova perícia de atropelamento de verdureiro na Miguel Sutil; dúvidas
Allan Pereira
Politec

Peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) fizeram novas medições na avenida Miguel Sutil, na última semana, para o caso do verdureiro Francisco Lúcio Mara, de 48 anos, que morreu depois de ser atropelado pelo Jeep dirigido pela médica dermatologista Letícia Bortolini, em abril de 2018.
Além das medições, a Justiça pediu novas análises de áudio e vídeo de câmeras que flagraram o acidente. O Poder Judiciário enviou o material para perícia no dia 25 de setembro. Este é o segundo laudo emitido pelo órgão sobre o caso.
Segundo a Politec, as novas perícias serão devolvidas para o juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12º Vara Criminal de Cuiabá, a suprir dúvidas. O magistrado quer saber as causas do acidente e se era possível evitá-lo ou não. A informação consta em ofício do processo em que Letícia é ré.
Letícia também responde a um processo administrativo na Comissão de Ética, do Conselho Regional de Medicina (CRM), para avaliar a conduta da médica, que não prestou socorro ao verdureiro.
O caso
Francisco Lúcio empurrava um carrinho com verduras para o canteiro da avenida Miguel Sutil. Ele atravessava a via quando foi atingido pelo automóvel conduzido pela médica. Com o impacto, o corpo dele foi lançado sobre o canteiro central, vindo a morrer em seguida.
De acordo com a Polícia Civil, a médica apresentava sinais de embriaguez, assim como o marido dela, que estava no carro, um Jeep branco, quando teria atropelado o verdureiro no bairro Cidade Alta, em Cuiabá.
Ela deixou o local sem prestar socorro. Testemunhas do acidente, indignadas com a ocorrência, perseguiram o carro do casal até um condomínio de classe alta no bairro Jardim Itália, onde tanto a médico quanto o esposo foram presos em flagrante.
Dois dias depois, ela conseguiu um habeas corpus e, desde então, responde o processo penal em liberdade.
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Comentários (1)
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Ana | Terça-Feira, 27 de Outubro de 2020, 20h0930
Ja se passaram mais de dois anos e nada. A familia merece um fechamento, de preferencia com a condenação da medica, né? Por falar em medica e o CRM o que tem a dizer sobre o assunto, ta demorando muito pra tomar uma atitude, ne?
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