O juiz federal Jefferson Schneider indeferiu, ontem (6), o requerimento interposto pela defesa do ex-secretário de Estado, Eder Moraes (PMDB), que queria a revogação do desmembramento do processo em que ex-secretário adjunto do Tesouro do Estado, Vivaldo Lopes, figura como réu. Com isso, por consequência, poderia suspender as audiências acerca do interrogatório de Vivaldo, designado para esta quinta (7) e sexta (8).

O juiz negou também o pedido para que cópia do processo contra Eder fosse encaminhado ao Centro de Custódia, antiga Polinter, onde Eder está preso. A defesa queria que o acusado tivesse conhecimento do teor da ação dentro do local onde segue preso. O ex-secretário da Casa Civil e da Fazenda está preso há 78 dias.

O advogado de Eder, Paulo Lessa, sustenta que o desmembramento do processo em relação a Vivaldo resultaria em prejuízo ao seu cliente, visto que os crimes imputados a Eder – lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro – conforme o MPF, teriam ocorrido em conjunto com Vivaldo, “o que pode acarretar decisões contraditórias sobre o mesmo crime”, sustenta a defesa.

 Paulo Lessa argumenta ainda que o interrogatório de Vivaldo irá acontecer após as audiências, o que tornaria inútil os questionamentos da defesa técnica do Eder. Para Lessa, seria necessário esperar a conclusão da perícia contábil, nas empresas Brisas e em uma consultoria que pertence a Vivaldo, para acontecer o interrogatório com o ex-secretário adjunto.