Judiciário
Segunda-Feira, 25 de Janeiro de 2021, 15h:05 | Atualizado: 25/01/2021, 15h:12
Justiça solta duas mães envolvidas em fraudes ao DPVAT e presas pelo Gaeco
Mikhail Favalessa
A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a soltura de Gleicimar de Siqueira Oliveira e de Alessandra Leal Do Nascimento, conhecida como “Sandra”, que estavam presas desde 7 de outubro na Operação Apate. Elas são acusadas de envolvimento em esquema de fraudes ao seguro DPVAT em Mato Grosso. A decisão foi publicada hoje e o caso tramita sob segredo de Justiça.
Gilberto Leite

Agentes do Gaeco trazem documentos apreendidos durante operação feita em Cuiabá
Gleicimar e Alessandra informaram à Justiça serem mães de crianças com menos de 12 anos e, por isso, pediram para que fosse determinada a prisão domiciliar. De acordo com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), Gleicimar era a responsável por falsificar documentos públicos como boletins de ocorrência, certidões de nascimento, de casamento e óbito, além de laudos periciais, exames de corpo de delito, entre outros que foram utilizados pelo grupo para desviar dinheiro da seguradora.
“Verifico que não foi imputado à acusada qualquer crime praticado mediante violência ou grave ameaça. Ademais, observo que a representada é primária, de bons antecedentes, residência fixa, bem como é mãe de filhos menores de 12 anos, sendo inclusive a única responsável por cuidar dos filhos, inclusive, possui uma filha com sérios problemas de saúde, além dos seus genitores que são idosos”, disse a juíza em relação a Sandra.
Gesivaldo da Silva Santos, o “Coquinho”, também tinha feito pedido de liberdade, mas não comprovou ser o único responsável por filhos menores, de acordo com a magistrada. Ele era um dos responsáveis, segundo o Gaeco, por cooptar “interessados” que forneciam fotos de documentos pessoais e acompanhavam os investigados em agências bancárias para receber os valores indevidos.
A suposta organização criminosa teria dado prejuízo de mais de R$ 200 mil à Seguradora Líder, que administra o DPVAT. Eram feitos pedidos de indenização por morte em acidente de trânsito, sendo que cada procedimento rendia R$ 13,5 mil ao grupo. A operação foi deflagrada pelo Gaeco em 7 de outubro.
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