Judiciário
Terça-Feira, 02 de Março de 2021, 13h:31 | Atualizado: 02/03/2021, 17h:55
MPE quer que dono de arma que matou Isabele volte a ser investigado pela PJC
Mikhail Favalessa e Bárbara Sá
O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça que seja determinada abertura de novo inquérito contra o empresário Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa, dono da arma usada para tirar a vida da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em 2020. Ele é pai do rapaz que levou a Imbel calibre .380 até a casa da família Cestari, no condomínio Alphaville, onde a garota foi assassinada.

Armas utilizadas na morte de Isabele eram do empresário, que fechou a transação penal
O rapaz G.A.S.C.C. foi sentenciado à prestação de serviços comunitários. Glauco fechou acordo de transação penal, com anuência do MPE, e pagou R$ 40 mil para suspender o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) no Juizado Especial até o pagamento da multa.
O MPE quer que as provas obtidas no processo referente aos empresários Marcelo e Gaby Cestari, pais da atiradora, sejam incluídas na ação referente ao rapaz e também no inquérito a ser instaurado contra o pai.
O promotor de Justiça Milton Pereira Merquíades cita que, entre as provas, estão imagens nas quais o adolescente posa, em diferentes oportunidades, para fotos e vídeos tiradas dentro de casa e em outros locais, “nas quais sempre tinha em sua posse arma de fogo, municiadas e desmuniciadas, inclusive, fazendo exibições de técnicas cognitivas e destreza com armas de fogo, pois é praticante de tiro esportivo”.
“Assim, da análise das imagens, percebe-se que o adolescente, em tese, incorreu na figura do ato infracional análogo ao crime posse/porte ilegal de arma de fogo, pois como é sabido, as condutas apresentadas nos vídeos e fotografias, são ilegais, uma vez que, o manuseio de armas para menores praticantes de tiro somente pode ser feito no clube de tiro apropriado, com a supervisão do responsável ou instrutor, conforme dispõe o artigo 14 da portaria nº 150/2019 – COLOG do Comando Logístico do Exército Brasileiro”, opina.
O MPE afirma que o casal Cestari identificou nas imagens que uma das armas era de Glauco e a outra seria de outro homem, identificado como Leopoldo. Por isso, o inquérito a ser instaurado serviria para apurar responsabilidades de ambos.
“Em tempo, consigna-se que os fatos noticiados pela defesa de Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Oliveira Cestari, são alheios aos fatos processados na presente ação penal e, bem por isso, é necessário que sejam apurados em procedimentos autônomos, visando o não embaraço na tramitação deste feito”, registra.
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