O ex-presidente da Assembleia José Riva pede indenização de R$ 80 milhões em caso de perder a posse da Fazenda Agropecuária Bauru, conhecida como “Magali”, em Colniza (a 1 mil km de Cuiabá). A Agropecuária Bauru Ltda, dona original da propriedade, move ação desde 2017 para cancelar o contrato de venda ao ex-deputado por calote.

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A fazenda Bauru, conhecida também como Magali, é citada em casos de corrupção em MT

A propriedade é citada na delação do ex-governador Silval Barbosa, que afirma ser sócio oculto na negociação da compra. Em outubro de 2019, a juíza Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo negou pedido para incluir o ex-governador no processo justificando que o contrato foi firmado entre as pessoas jurídicas: por um lado a Agropecuária Bauru e por outro a Floresta Viva Exploração de Madeira Ltda, de propriedade de Riva e esposa, Janete.

O doleiro Lúcio Funaro, que fechou colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato, também revelou ter depositado dinheiro ilegal na compra da fazenda. Funaro diz ter repassado R$ 1 milhão na compra da fazenda a pedido de Riva e Silval, em 2012.

O negócio inicial foi de R$ 18,6 milhões pela compra da área. Apenas em benfeitorias, no processo consta que R$ 14,6 milhões foram gastos na área, que tem mais de 3 mil hectares.

A propriedade vem sendo invadida sucessivamente desde 2004 por pessoas não envolvidas na transação. Em janeiro de 2019, seguranças contratados por Riva atiraram em trabalhadores rurais que circulavam nas imediações da propriedade. Em maio do mesmo ano, um gerente da fazenda foi alvo de emboscada. Houve determinação judicial para desocupação do imóvel.