Fablicio Rodrigues/ALMT

Segundo Wilson, foi na gestão de Eduardo Botelho que teria chegado ao fim o mensalinho aos deputados. O escândalo foi revelado em delação de Silval 

A saída de Eduardo Botelho (DEM) da presidência da Assembleia foi marcada por discursos elogiosos à atuação do parlamentar. Entre eles o deputado Wilson Santos (PSDB) que atribui a Botelho a responsabilidade pelo fim do mensalinho na AL.

O caso foi delatado pelo ex-governador Silval Barbosa que chegou a gravar vídeo onde aparecem 9 ex-deputados recebendo maços de dinheiro. O escândalo ganhou repercussão nacional após virem à tona, em 2017, as imagens entregues por Silval em sua delação.

Wilson, que assumiu a segunda vice presidência na nova mesa diretora, ainda destacou o perfil acessível de Botelho que deixou o trânsito livre para que os deputados o procurassem enquanto presidente.

“Pode olhar para trás com orgulho, encerrou a história dos mensalinhos aqui dentro. Colocou um ponto final e encerrou os mensalinhos. Foi um gestor democrático. Sua porta sempre aberta 24 horas. Deputado nunca precisou agendar reunião”, discursou.

Considera ainda que Botelho “foi um dos grandes presidentes que passou por esta Casa e não tenho nenhuma premonição, mas em uma outra casa, uma outra corte, vejo vossa excelência presidindo uma outra instituição. Caso se apresente, tenho certeza que vai contar com o voto da grande maioria”.

Ele fez referência à possibilidade de Botelho ser indicado para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), caso saia a aposentadoria de Waldir Teis. Apesar da boa relação com o governador Mauro Mendes (DEM), Botelho pode não estar na lista do chefe do Executivo que tem demonstrado preferência por dois nomes: o advogado Pascoal Santullo Neto e o secretário de Fazenda, Rogério Gallo.