Legislativo
Quarta-Feira, 25 de Novembro de 2020, 11h:56 | Atualizado: 25/11/2020, 13h:29
Seduc alega reorganização de alunos, mas não diz quantas escolas serão fechadas
Andhressa Barboza
Angelo Varela

Alan Porto (Seduc), na audiência convocada pelo deputado Henrique Lopes, no plenário da AL, nesta manhã, quando falou do fechamento de escolas
O anúncio do fechamento de três escolas estaduais revoltou entidades que representam profissionais da educação e comunidade ao entorno. Presentes na Assembleia nesta quarta (25), populares e educadores questionaram o secretário de Educação Alan Porto sobre decisões recentes que ainda incluem mudanças na escolha de diretores das unidades escolares, restringindo a participação da comunidade.
“É um reordenamento de escolas que não tem condição física de existir, estamos discutindo com os municípios, fortalecendo o regime de colaboração, para que eles assumam os anos iniciais”, disse durante sabatina na AL, convocada pelo deputado Henrique Lopes (PT).
Segundo o deputado Lúdio Cabral (PT), estão na mira para serem desativadas cerca de 300 escolas, entre elas a Escola Estadual Mercedes de Paula Sôda, Escola Estadual Miguel Baracat, a Escola Estadual Hernandy Baracat de Arruda e o CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos) Lícinio Monteiro da Silva, todas em Várzea Grande, o que gerou manifestação no final de semana. Contudo, Porto nega o fechamento de mais de 300 escolas.
Segundo o secretário, o fechamento das unidades pretende gerar economia ao estado e citou uma das escolas em Barra do Garças que custaria R$ 14 mil mensais somente de locação do espaço, uma vez que não possui sede própria.
Mas a explicação não convenceu manifestantes presentes que carregavam cartazes dizendo que “Educação é investimento” e “Alunos negros importam”, fazendo alusão a dados estatísticos que apontam negros como maioria dos alunos nas unidades que serão fechadas.
“O governador Mauro Mendes quer desmontar a rede de escolas, porque não dá conta de qualificá-las para atender à educação. Estamos em meio a uma pandemia e ao invés de concentrar o esforço para o retorno seguro das atividades, anuncia o fechamento, quando deveria ampliar o espaço físico para dar segurança”, disparou Lúdio.
O petista defende que a informação do fechamento de mais de 300 escolas foi levantada por trabalhadores da educação nas unidades. “Eles já estão recebendo e-mails comunicando o fechamento. Se não é isso, ele que diga quais e quantas escolas serão fechadas. Essa é a resposta que precisamos e ele não dá".
Porto também negou que a Seduc vai extinguir o Centro de Formação e Aperfeiçoamento (Cefapro), apesar de prever desativas a sede. “Cefapro não vai fechar, lá tem coordenador, secretário. O que estamos fazendo é uma reestruturação, os 246 professores vão para nossas unidades escolares trabalhar junto em nossos laboratórios. Cefapro não fecha, assessoria pedagógica não acaba. Isso são equívocos, informações que são passadas na rede sem nenhum critério técnico”.
Mas Para Lúdio, o que estaria motivando o fechamento de unidade do Cefapro seria a tentativa de privatizar a formação e qualificação dos trabalhadores.
Escolha de diretores
Com histórico de sindicalista, Henrique também demonstrou ter ficado insatisfeitos sobre as mudanças na escolha de diretores das escolas e questionou a falta de transparência da Seduc sobre o assunto.
"A pergunta que tenho ao secretário é: o que vamos fazer daqui para frente? O Estado vai ouvir, estabelecer diálogo com o Fórum Estadual de Educação, Conselho Estadual de Educação e Assembleia Legislativa de Mato Grosso ou vai ser essa prática política unilateral? A população vai sempre ficar sabendo através do Diário Oficial? Diálogo finalmente será premissa ou vamos ficar na lógica do ‘registra-se e cumpra-se’".
Ele alega que falta diálogo do governo com a comunidade escolar e que que não há legislação que proiba eleição para dirtetor.
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Comentários (5)
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H.V.S | Quinta-Feira, 26 de Novembro de 2020, 11h2810
Num país onde o poder público gasta com um presidiário 5 vezes o que gasta com um estudante da Educação Básica, e um Parlamentar custo ao erário público o equivalente ao salário de 35 Professores da Educação Básica, o que podemos esperar senão comentários do nível da Ana Tereza e do Benedito Correia. Se não sabem, as aulas não presenciais levaram os professores a uma sobrecarga de trabalho. Só quem está preparando aulas neste novo modelo, conhece a dedicação, o empenho e o tempo que se gasta para elaborar uma aula que será ministrada em 01 hora.
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BENEDITO Correia | Quarta-Feira, 25 de Novembro de 2020, 14h55211
Concordo com dona Ana Tereza. Professores recebendo sem trabalhar não pode existir ... ISSO é comunismo. Sou favorável à demissão em massa desdes professores sanguessugas. Sintep é comunista. Crianças fiquem em casa assistindo aulas online e cabe aos pais a correia para disciplina los.
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RENATA | Quarta-Feira, 25 de Novembro de 2020, 14h3671
Infelizmente, qual é o País que vai ser digno, se pessoas com o pensamento da Ana Tereza, temos de monte? E para quem acha que ela é minoria, vai se decepcionar. Não vejo mais solução, nem a longo prazo para o Brasil.
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Orlandir Cavalcante | Quarta-Feira, 25 de Novembro de 2020, 13h4093
Ana Tereza CPA1 tem mágoas da educação né filha! Deve ser uma frustada! Quer ibope. Nada do disse faz sentido! Me parece uma mente perturbada. Vá se tratar. Você não precisa de Escola nem de professores mesmo. Precisa sim de um profissional da saúde te acompanhando inclusive no momento que acessa internet, que não mudou o mundo não minha filha! Menos de seis por cento dos alunos brasileiros tiveram aulas on line, falta de tudo desde a rede ogica de computadores até as condições minimas de renda...
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Ana Tereza CPA 1 | Quarta-Feira, 25 de Novembro de 2020, 12h50512
A sociedade aprende dia após dia. Coronavirus nos ensinou que não precisa de aula presencial. Internet mudou o mundo. Não queremos mais crianças e aborrecentes em ônibus gratuito que a sociedade paga a passagem. Pode se fechar essas inúteis escolas, continuar com ensino via internet, demitir 90 por cento dos professores e os restantes dez por cento divulguem ensino via internet. Chega de professores recebendo sem trabalhar com desculpa de coronavirus.
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