Nacional
Sábado, 05 de Dezembro de 2020, 16h:20 | Atualizado: 05/12/2020, 16h:27
Duas meninas são executadas e repórter chora ao dar a notícia que envolve PMs
Da Redação

Duas crianças, de 4 e 7 anos, morreram após serem baleadas em um tiroteio em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite dessa sexta (4) e, ao dar a notícia, a repórter Narayanna Borges e âncora do GloboNews ao vivo, Lilian Ribeiro, se emocionaram. As informações são dos sites G1 e Metrópoles.
“É mais do que triste, faltam palavras para a gente descrever”, adiantou Lilian Ribeiro, dos estúdios, antes de fazer contato com Narayana, que acompanhava o caso do Instituto Médico Legal (IML).
Depois de ouvir o relato de familiares, Narayanna acrescentou alguns fatos da apuração e não conseguiu conter a emoção. “Emily Vitória, de 4 anos, foi atingida na cabeça, e Beatriz Rebeca, de 7, foi atingida no peito. Elas costumavam brincar juntas e ontem não foi diferente porque no dia 23 de dezembro a Emily comemoraria cinco anos de idade e, pela primeira vez, ia ter uma festa de aniversário, com tudo que uma criança tem direito”, disse, visivemente abatida.
Em resposta, Lilian fez um desabafo. “Nara, sou mãe de uma menina de quatro anos. Nossas crianças precisam ter direito à infância. E não importa onde elas moram, a cor da pele delas, elas têm esse direito, que deveria ser garantido. A minha pergunta é: até quando a gente vai precisar reportar essas histórias, até quando vai precisar ouvir esses relatos dramáticos, até quando a gente vai impedir que nossas crianças cresçam? Porque são nossa srianças, duas pequenas brasileiras que tiveram suas vidas interrompidas”, destacou.
De acordo com testemunhas ouvidas pelo G1, as duas meninas, que são primas, estavam brincando na porta de casa, quando policiais passaram atirando. “Não teve troca de tiro, não teve nada, nenhum disparo além dos policiais. Não foi só eu que vi, mais de 300 pessoas que tavam na rua viram”, disse a avó das vítimas à reportagem.
“Como que um policial tem coragem de atirar em duas crianças? Qual a justificativa dele? Destruíram duas famílias. Uma menina de 4 anos, outra de 7 anos. Que estavam iniciando a vida. Aí dentro. Com um tiro de fuzil na cabeça. Foi na cabeça. Pra matar”, desabafou uma prima das meninas.
Vizinhos levaram as vítimas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sarapuí. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML).
A ocorrência foi atendida por agentes do 15º Batalhão (Duque de Caxias). O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Em 2020, a plataforma Fogo Cruzado já registrou 22 crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio: destas, oito morreram.
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