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Segunda-Feira, 04 de Janeiro de 2010, 09h:30 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Copa-2014 perde R$ 1,8 bi na versão final do Orçamento
O relator-geral do Orçamento da União para este ano, deputado Geraldo Magela (PT-DF), apresentou nesta segunda-feira (4) os números consolidados do projeto que será enviado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias. Segundo os dados divulgados por ele, a pressão realizada pelos partidos de oposição no Congresso fez com que a Copa do Mundo de 2014, que vai ocorrer no Brasil, perdesse R$ 1,8 bilhão em investimentos para este ano.
O relator deve entregar o relatório final ainda nesta segunda-feira à Secretaria-Geral do Congresso, que poderá remeter ao Executivo. "A única coisa que a gente não cancelou da copa foi o pagamento da bolsa-formação dos policiais do Rio de Janeiro", disse Magela.
As mudanças de última hora feitas no projeto durante a votação ocorrida na noite de terça-feira (22) remanejaram R$ 2,4 bilhões das emendas pessoais de Magela para emendas elaboradas pelos demais parlamentares a partir das bancadas estaduais. Para Magela, as suas emendas, da forma como foram realizadas, teriam execução garantida. Mas o remanejamento de verbas para emendas estaduais acabou tornando incerto o investimento dos recursos. Pela nova peça orçamentária, as bancadas estaduais puderam apresentar emendas em um valor total de R$ 11,1 bilhão.
Magela fez questão de deixar claro o seu descontentamento com o resultado final do relatório orçamentário. “A copa perde cerca de R$ 1,8 bilhão que estava destinado a estados e ministérios ligados ao evento e infelizmente a perda é maior do que nós havíamos previsto inicialmente. As obras que teriam de ser iniciadas agora infelizmente vão ter prejuízos e sofrerão atrasos”, previu Magela.
Para o relator-geral do Orçamento, a responsabilidade por eventuais dificuldades de organização da copa é de quem pressionou pelo corte das emendas: “Estou dizendo agora com todas as letras. O DEM prejudicou muito a copa do mundo. O alvo era o meu relatório e não o Orçamento. O objetivo era fazer com que o governo não tivesse o Orçamento aprovado para esse ano.”
A perda a que se refere Magela acontece porque a oposição exigiu a retirada de todas as emendas do relator que fossem relativas a investimentos. Líderes de PSDB e DEM argumentavam que não seria correto o relator ter mais poder para direcionar investimentos do que bancadas regionais. Ao todo, Magela fez mais de 2 mil emendas ao Orçamento. Por acordo, foram retiradas cerca de cem. (Robson Bonin - Do Portal G1)
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