Polícia
Quinta-Feira, 01 de Junho de 2017, 23h:11 | Atualizado: 02/06/2017, 07h:15
Delegada diz que denúncia contra vida de Taques partiu de primo veja
Bárbara Sá

A denúncia de suposta ameaça contra a vida do governador Pedro Taques (PSDB) partiu do próprio primo Paulo Taques, ex-secretário e chefe da Casa Civil. A afirmação foi feita pela delegada Alana Cardoso, em depoimento em 26 de maio ao secretário estadual de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas. “Conforme a secretária-adjunta de Inteligência (Sai), o próprio secretário Paulo Taques havia relatado o fato e pedira providências para apuração”, diz trecho do documento.
Reprodução

Trecho do depoimento de Alana em que detalha envolvimento de Paulo Taques nas interceptações
O teve acesso ao depoimento, que conta com três páginas, nais quais a delegada Alana relata que em março de 2015 foi chamada para ir até a secretaria-adjunta de Inteligência pela então responsável da pasta, delegada Alessandra Saturnino.
Segundo ela, Alessandra lhe informou que havia uma ameaça contra a vida do governador, e que precisava ser apurada pela Inteligência da maneira mais discreta possível, “dada a sensibilidade”, pois o secretário da Casa Civil tinha uma amante que estaria mantendo contato com o comendador João Arcanjo Ribeiro, e que possivelmente estaria tramando contra a vida de Taques. Alana diz que inclusive o próprio secretário teria pedido providências.
A delegada afirma que devido a urgência dos fatos relatados, foram realizadas ações com agilidade e rapidez, e que neste período foram identificados dois números de telefones que pertenciam à “suposta amante”, cujo o nome seria Tatiana Sangali Padilha, e o outro da secretária de Paulo Taques, Caroline Mariano dos Santos.
“Que dada a urgência do fato, tinha a notícia de que a investigada estaria indo visitar João Arcanjo naqueles dias e que como não havia nenhum documento que pudesse subsidiar a instauração de uma medida cautelar, foi ponderada a possibilidade da inserção dos dois números na Operação Forti, cujo a prorrogação estava sendo promovida, até que pudéssemos instaurar um inquérito", diz trecho do depoimento.
No documento, a delegada detalha ainda que paralelo a isso foi produzido um relatório técnico para instauração de inquérito, a fim de dar início a uma operação de investigação, realizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na Operação Querubim.
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Delegada conta que, junto com Alessandra Saturnino, conduziu instauração de inquérito sobre áudios
Alana frisa que durante o período das investigações não houve nenhum áudio relevante e que depois se confirmou que não havia nenhuma ameaça contra a vida de Taques, ou contra o secretário da Casa Civil. Ela destaca que a medida foi em caráter de urgência, visto que na ocasião não tinha meio mais eficiente de manter a segurança do governador.
“Essa operação foi considerada altamente sigilosa e, por isso, não foi dada a ciência de nenhum servidor da Diretoria de Inteligência (DI), pois na época os dois diretores da DI estavam ausentes e por este motivo não foram informados.".
A delegada finaliza dizendo que cumpriu com seu dever funcional e que não houve “dolo” de fraudar ou violar a comunicação telefônica e, sim, unicamente de uma ação estratégica para garantir a segurança das autoridades máximas do Estado. “Tratava de uma questão de segurança de Estado e que esta é uma das funções da inteligência de Segurança Pública, conforme a doutrina”, ressalta.
Grampos ilegais
O suposto esquema de interceptações ilegais veio à tona após o Fantástico divulgar uma reportagem na qual o promotor Mauro Zaque afirmou que Taques tinha ciência desde 2015 da arapongagem, promovida para obter informações privilegiadas de políticos, jornalistas, servidores e médicos. O governador negou que o ex-secretário tenha entregue os documentos. Citou até mesmo a suspeita de fraude no sistema de protocolo.
Confira, abaixo, a íntegra do depoimento da delegada Alana.
Arquivo(s) anexado(s)
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Comentários (4)
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Marcos | Domingo, 04 de Junho de 2017, 00h3800
Ingrassado que nada acontece com os colarinhos grande se fosse pobre já estaria na cadeia aí pergunto cadê justiça do nosso estado Mato Grosso
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RONAIR | Sexta-Feira, 02 de Junho de 2017, 21h4810
Mesmo que o sec. Paulo Taques tenha pedido, a delegada em hipótese alguma poderia ter enganado a juíza Selma na "barriga de aluguel" um pedido não isenta o mal feito da delegada, muito menos a urgência, a excelentíssima juíza foi feita de boba, isso não pode ocorrer, essa prática é irregular e deve ser cobrada!!
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dauzanades | Sexta-Feira, 02 de Junho de 2017, 15h1800
dauzanades, Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
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alexandre | Sexta-Feira, 02 de Junho de 2017, 12h0710
alexandre, Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
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