Polícia
Sexta-Feira, 24 de Fevereiro de 2017, 10h:51 | Atualizado: 24/02/2017, 15h:45
Grávida, esposa de detento fornecia informações à quadrilha, diz GCCO
Camila Cervantes e Bárbara Sá
A gestante de seis meses, Josiane Campos Arruda, foi presa na manhã desta sexta (24) na deflagração da Operação Criminale, realizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em parceria com a Derf Cuiabá. Além dela, participavam da quadrilha Fernando Manoel de Melo, kaio Aparecido Miranda de Araujo e os presos envolvidos Frank Aparecido Soares Viana e Fagner Moraes dos Santos.
O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Luiz Henrique Damasceno, diz que das seis pessoas presas na operação, duas estão reclusas na Penitenciária Central do Estado (PCE). Conforme ele, os presos davam ordens para que pessoas do lado de fora executassem os crimes. Dentre as pessoas estava a gestante, que é esposa do detento Frank, um dos responsáveis por coordenar o aluguel de armas e as vítimas.
Reprodução

O delegado da GCCO, Luiz Henrique Damasceno, detalha como a organização criminosa agia
Segundo as investigações, a organização criminosa articulava e executava roubos em residências e comércios. Neste sentido, o delegado conta que também foi preso o sobrinho do Frank, no qual cabia executar as ações no período da operação. “Em 15 dias eles executaram dois roubos, sendo que quem passou as informações foi o irmão da vítima. Então é uma organização que trabalhava em família e pegava informações para executar o crime”.
Damasceno explica que neste caso específico quem passou o horário que a vítima chegava e se tinha jóias e objetos de valor em casa foi o próprio irmão, que entregou a irmã à sorte dos bandidos. Nesta manhã, os policiais fizeram 11 buscas e apreensões em outras residências para coletar provas para serem encaminhadas à Derf.
“Agora a equipe da Derf Cuiabá vai trabalhar com essas provas, para que indicie as pessoas envolvidas em roubo de veículos durante esse período de investigação”. O delegado ressalta que os crimes materializados hoje têm, pelo menos, dois roubos com vítima já identificados, roubo à residência com restrição à liberdade da vítima, com violência significativa, ambos com arma de fogo em punho.
Damasceno ainda detalha que a quadrilha atuava com frequência na modalidade roubo à residência. Segundo ele, a articulação dos bandidos dentro do presídio se dava por meio de celulares e durantes as visitas. O delegado explica que o fato está sendo investigado pelas secretarias estaduais de Segurança Pública (Sesp) e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), a fim de evitar que esses celulares adentrem na unidade prisional.
É uma organização que trabalhava em família e pegava informações para executar o crime
“Está sendo feito todo um trabalho justamente para que sejam presas as pessoas que atuam do lado de fora, demonstrando que receber ordens para executar crimes não ficará impune”. Os dois suspeitos presos possuem passagens por crimes contra patrimônio e tráfico de drogas, bem como já foram detidos em outra ocasião. Josiane será encaminhada juntamente com os outros para audiência de custódia, mas por estar grávida, ela deve ser mantida em prisão domiciliar.
“Hoje ela foi presa por organização criminosa, mas já tem indício da participação da jovem em crime de roubo de uma dessas residências, fornecendo armas e dando localização”, diz o delegado. Ele conta que ela não ia até as casas no momento dos roubos, mas trabalhava dando suporte à quadrilha. Por fim, Damasceno afirma que outras pessoas devem estar envolvidas no esquema e, de alguma forma, integravam a organização criminosa.
Os presos irão responder pelo crime de organização criminosa e roubo, mas novas qualificadoras devem ser atribuídas aos suspeitos, de acordo com o andamento das investigações. Ao todo, os policiais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão. A maioria dos suspeitos é da região do Praeirinho, mas a atuação deles não tinha região definida, abrangendo toda Cuiabá.
A operação tem o apoio de policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva) e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). Os presos e apreensões serão levados para a GCCO.
Denúncias
A GCCO está agora recebendo denúncias pelo aplicativo Whatsapp (65) 9 9232-0457. Podem ser enviadas informações, imagens e vídeos referentes a crimes praticados por organizações criminosas que atuam em extorsão mediante sequestro, roubos e furtos a instituições financeiras, de defensivos agrícolas, crimes cometidos com violência ou grave ameaça a policiais da região metropolitana, e crimes contra autoridades constituídas, especialmente às judiciárias. O sigilo do denunciante será mantido.
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