Deizy Fátima

Secretário de Segurança Pública de MT, Alexandre Bustamante, durante entrevista esta semana ao RDTV, do Portal Rdnews: organizações são repelidas

“A gente tem feito o enfrentamento e tem, na maioria das vezes, se dado melhor do que as organizações criminosas”. Frase é do secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, que concedeu entrevista ao na última quinta (25).

Segundo o titular da Segurança Pública, as organizações criminosas do Estado estão sendo repelidas fortemente durante a gestão do governador Mauro Mendes, iniciada em 2019.

Bustamante exemplifica fazendo alusão à inexistência hoje de crimes como assalto a bancos, muito comuns em Mato Grosso entre 2010 até 2014. Na época essa prática chegou a ser denomidada de “Novo Cangaço”, com ocorrências contantes principalmente em cidades do interior. 

Esses assaltos a agências bancárias eram praticados por quadrilhas fortemente armadas que invadiam bancos, faziam reféns e enfrentavam policiais. Contudo, desde abril de 2014 não há nenhum registro na Segurança Pública desse tipo de crime.

"A gente está trabalhando muito bem com elas. Há muito tempo não temos assaltos a bancos aqui no Estado. Se você olhar nos últimos anos, não temos grandes crimes. Se você olhar o que a gente tem no Estado é uma segurança pública que antecipa todas as organizações criminosas”, defendeu.

Comando Vermelho

Apesar das ponderações do secretário, extenso levantamento feito pela reportagem do no final de 2020 mostra que a principal facção criminosa que atua em Mato Grosso, o chamado Comando Vermelho, ampliou o número de integrantes e, consequentemente, sua atuação no Estado nos últimos seis anos.

De 2014 a 2020, o aumento no número de integrantes do CV foi 1150%, passando de 800 faccionados no início para cerca de 10 mil atualmente. Nesse cenário, a facção mantém a hegemonia e controle de bairros em mais de 95% dos municípios. Ascensão ocorreu de forma mais nítida no momento de uso massivo de celulares com acesso à internet, inclusive de dentro de presídios.

A única região mato-grossense que a facção tem menos influência é no Nortão. Lá, outra facção, o Primeiro Comando da Capital (PCC), ainda tem influência no mundo do crime.