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Pedreiro Rubson Farias dos Santos, de 28 anos, teria sido levado desacordado

Testemunhas reafirmam que o pedreiro Rubson Farias dos Santos, de 28 anos, foi levado inconsciente por oficiais da Polícia Militar, na sexta de 29 de janeiro, em Cáceres (a 225 km de Cuiabá). Na próxima semana, completa-se um mês do seu desaparecimento. Após esse período, e mesmo com o afastamento dos militares envolvidos, ainda não há informação do paradeiro da vítima.

Família de Rubson denuncia que teve a casa invadida por policiais militares e que agrediram o pedreiro até deixá-lo sem consciência. A investigação da Polícia Civil já apontou que os oficiais não levaram a vítima, que estava ferida pelo espancamento, para uma unidade de saúde da cidade. Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do desaparecimento.

A esposa e vizinhos do pedreiro já foram ouvidos na Delegacia de Cáceres. Todos confirmam a versão de que Rubson foi levado por policiais militares. A Polícia Civil informa também que o pedreiro foi preso em flagrante, no dia anterior ao desaparecimento, por receptação. Ele pagou fiança no mesmo dia, foi liberado e saiu da delegacia acompanhado da esposa.

O delegado responsável pela investigação ouve ainda outras testemunhas e também solicitará compartilhamento de informações com a Corregedoria da Polícia Militar.

Os relatos das testemunhas apontam que quatro policiais chegaram à casa de Rubson em três motos. Eles invadiram a casa do pedreiro e passaram a agredi-lo. Uma pessoa que estava na casa disse ter visto a agressão. Os vizinhos também contaram que ouviram gritos de socorro. Eles tentaram ajudar, mas foram impedidos de entrar na casa por um dos policiais.

Momentos depois, outros dois policiais militares chegaram em uma viatura e estacionaram o veículo próximo ao portão da casa. Rubson foi visto sendo levado para o veículo já inconsciente. Família não tem possui mais informações de Rubson desde então. Desesperados, eles foram até a sede da PM na cidade quatro dias depois do sumiço para pedir um posicionamento do órgão. Como resposta, o representante informou que o caso foi enviado para a Corregedoria da PM.