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Sexta-Feira, 31 de Agosto de 2007, 17h:31 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:16
Acordo suspende gás para Cuiabá por 30 dias
Os governos boliviano e brasileiro selaram, em La Paz, um acordo que determinou o corte para zero do suprimento de 1,1 milhão de metros cúbicos diários de gás natural para a Termoelétrica de Cuiabá pelo período de 30 dias. Em contrapartida foram elevadas em 3 milhões de metros ao dia as exportações do insumo para a Petrobras. A companhia brasileira havia solicitado o aumento das compras diárias de gás da Bolívia de 27 milhões de metros cúbicos para o teto de 30 milhões de metros cúbicos.
O objetivo da Petrobras é suprir a necessidade de gás de seis de suas usinas térmicas e, dessa forma, corresponder à demanda de energia elétrica do Operador Nacional do Sistema (ONS) nesta época de queda nos reservatórios de água das hidrelétricas do país. Essa iniciativa afastará a possibilidade de a companhia brasileira ser multada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por não fornecer o gás requisitado pelas suas usinas térmicas.
O governo boliviano, a rigor, preferiu atender ao pedido da Petrobras e "sacrificar" os contratos que não lhe implicariam multa - os que celebrara com a Termocuiabá e com a Argentina. O problema é que a Bolívia não investe na expansão da produção de gás e suas jazidas estão em curva decrescente de produção, e o consumo interno está aumentando no país.
O corte total da remessa de gás para a Termocuiabá até o final de setembro foi decidido em uma reunião do ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, e do presidente da Yacimientos Pretrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB), Manuel Morales Olivera com o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, embaixador Antônio Simões, e o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ronaldo Schuck. A rigor, essa reunião tinha o objetivo de concluir o contrato definitivo de fornecimento de 1,1 milhão de metro cúbico de gás natural boliviano para a Termocuiabá até 2010 e de elevação desse volume para 2,2 milhões a partir de 2010. Mas, diante das tabelas da YPFB, a solução de consenso foi firmar um novo contrato provisório com a Termocuiabá, com validade de 30 dias, e cortar a zero o suprimento atual.
Estrutura
Essa usina térmica privada é responsável pela geração de boa parte da eletricidade consumida em Cuiabá. No caso da Argentina, país que mantém um contrato com a Bolívia de suprimento de até 4,5 milhões de metros cúbicos diários de gás e que enfrenta séria crise de energia, Brasília contornou diretamente o problema com o aumento da exportação de eletricidade. (Com Agência Estado)
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