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Terça-Feira, 23 de Junho de 2009, 14h:11 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:23
Após fotos de café-da-manhã, vereadores vetam plenário
Jornalistas são proibidos de entrar no plenário; vereadores criticam o que chamam de "matérias maldosas"
Foto: Délcio JB
Irritados com a repercussão da matéria veiculada no RDNews, intitulada “Vereadores voltam a ter mesa farta antes de cada sessão”, os vereadores de primeiro mandato Adevair Cabral (PDT), Washington Barbosa (PRB) e Antônio Fernandes (PSDB) usaram a tribuna da Câmara para criticar a matéria. Adevair foi o que se mostrou mais incomodado. Além de classificar como maldosa a reportagem que expôs fotografias da mesa do café-da-manhã dos parlamentares, funcionários e jornalistas, que é servido pelo menos duas vezes por semana nas sessões de terça e quinta, o parlamentar liderou um movimento que proibiu a entrada de jornalistas no plenário. “Eu acho que essa matéria veiculada pelo RDNews foi maldosa e pesada. Não vamos abrir o plenário para que a imprensa tire fotografias. Não é nada contra a atuação da imprensa, mas acredito que esta notícia foi pesada”, disparou o pedetista, da tribuna, numa referência à matéria publicada na última quinta (18) - saiba mais aqui.
A posição dos parlamentares causou alvoroço entre os jornalistas que não esconderam a irritação com a decisão. "Acho um atentado à própria bandeira do presidente da Câmara de promover a transparência e o livre acesso da imprensa no Legislativo", avaliou o jornalista Alexandre Aprá. A polêmica começou depois que o RDNews revelou que desde terça (16), após conseguir autorização junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e realizar processo licitatório, a Câmara voltou a servir café-da-manhã reforçado aos parlamentares.
Esta foi a primeira vez que a mesa foi fotografada e, apesar de não existir nenhuma irregularidade, a exposição causou mal-estar no Legislativo. “Eu apenas tomei um café. Na maioria das vezes fico mais aqui em plenário”, rebateu Washington Barbosa, único vereador flagrado na reportagem da semana passada no momento em que tomava o cafe-da-manhã. Já o tucano Antônio Fernandes defendeu a continuidade do banquete. "Ficamos aqui das 9h até as 13h, não vejo nenhum problema em termos um lanche e motivo para isso se tornar notícia”, criticou Antonio Fernandes, numa tentativa de transferir à repórter Patrícia Sanches, que fotografou e produziu a matéria, responsabilidade pela repercussão negativa devido ao fato do banquete até então ter sido omitido pela Câmara junto à opinião pública. (Patrícia Sanches)
Mesa farta do café-da-manhã ofertado nas sessões às terças e quintas aos vereadores de Cuiabá
Foto: Patrícia Sanches
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Comentários (31)
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julio augusto de oliveira soares | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Quando verifiquei caras novas no legislativo cuiabano, pensei que novos tempos na política municipal estava chegando,porém matérias como esta demonstra o descaso dos nossos vereadores com a ética, não vi nada demais na matéria da repórter Patricia Sanches,tanto que até passou despercebida, mais agora me vejo preocupado pois a idéia que fica que os nossos edis queriam qualquer motivo para fechar e calar os olhos e os ouvidos da sociedade que é uma imprensa livre e imparcial que o RDNEWS tão bem sabe representar pois basta ver que muitas matérias são imediatamente respondida por aqueles que de alguma forma usam o mesmo espaço para exercer o contraditório,atraves de notas oficiais e neste caso especifico é só lamentar a truculência dos vereadores em tela que na função de legisladores melhor que ninguém deveriam saber que a DEMOCRACIA não aceita este tipo de comportamento.
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CARLOS ROBERTO | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
QUE MORAL ESSES VEREADORES TEM PARA BARRAR A IMPRENSA NAS DEPENDENCIAS DESSE NINHO DE RATOS, QUE ELES CHAMAN DE CÂMARA ???
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Anita | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Ei!!! Espere por mim, se for esse banquete eu quero, aproveitando vou convidar uma turma de famintos que é só lembrado de 4 em 4 anos e quem compra somos nós mesmo não é verdade?
kakakakakakaka....... -
MANOEL GARCIA | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas.
Queira, por gentileza, refazer o seu comentário. -
Juca do Dom Aquino | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Quem tem telhado de vidro não deveria brigar com imprensa, vereador Advair Cabral, ainda mais num momento desses, que os vereadores querem moralizar a camara . Deveria sim garantir a transparencia da imprensa, afinal foi assim o compromisso da atual mesa diretora, através do presidente Deucimar Silva (cadê ele, quem manda ).
O senhor vereador fez tudo ao contrário , de que prega os vereadores sérios daquela casa .
Vote! -
Jaime Lucas Rocha | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Está de parabens o vereador Adevair por ter coragem de se posicionar contra a tendenciosidade da imprensa.
Caro Romilson, dependendo do ponto de vista que se leia a reportagem, um café da manhã para os vereadores pode até representer um luxo desnecessário, porém há coisas mais importantes que merecem a cobertura da imprensa, tais como os projetos de lei votados pela Câmara. Com todo respeito ao RDNews, que é um dos melhores dites de informação do Estado, site este que sou leitor aciduo, mas a matéria em tela a meu ver foi um pouco tendenciosa, visto que não constitui crime servir o café da manhã, no entando se este café apresentasse algum superfaturamento, ai sim seria merecedor de tantos holofortes...
Abraços -
Danilo Monlevade | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Na verdade os três poderes públicos brasileiro estão desmoralizados. O executivo já se viu acusado por atos de corrupção e teve seu representante máximo, o presidente Collor, deposto em 1992. O judiciário volta e meia nos assustas com seus gastos exorbitantes, aumentos desconexos de salários para uma má qualidade de gestão. E o legislativo deveria seguir o avestruz. Pôr a cabeça dentro do buraco. Devem se sentir envergonhados pelo que já fizeram e continuam fazendo. Denúncias trazem mudanças. Mas aqui denúncias servem para risadas.
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Sassioto | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Pesada estava a mesa, vereador. Vamos ver se, quando da prestação de contas, os preços estarão compatíveis com os praticados no mercado, para pessoas comuns, haja vista que o que tem acontecido na câmara de Cuiabá, parece gol do Obina. Quando faz, mesmo legal, é anulado. Se nada tem a esconder, deixa os reporteres fazerem o seu trabalho. Já que nem toda a população pode ter banquetes graciosamente, ao menos vai lamber com os olhos.
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MANOEL GARCIA | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
AH, QDO FALA DE ALGUEM DE VCS VOCE VETA, PIMENTA NO OLHO ALLHEIO E REFRESCO. SO DISSE QUE A CULPADA DISSE TUDO E A LINDONA DA PATRICIA SANCHES, VAIVETAR
Resposta: Caro Manoel Garcia, aqui no RDNews não vetamos comentários que nos criticam, mas sim aqueles que maculam a índole de qualquer cidadão. Nosso papel é informar e abrir espaço para o debate, desde que seja democrático. Se o RDNews pertencesse à turma do "abafa", não publicaríamos as críticas feitas a nossa equipe. Agradeço pela leitura, mas acho que deve rever a maneira com que questiona os atos das pessoas.
Abraços, atenciosamente, Patrícia Sanches -
tiago abrolhos | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Na minha república quem tem acesso exclusivo ao plenário são os parlamentares e servidores da secretaria do legislativo. População e imprensa ficam nas galerias ou, no máximo, em sala específica (aquário) para o desempenho da atividade profissional.
Na minha república se come em casa. No local de trabalho serve-se água gelada, chá e cafezinho simples.
Na minha república jornalistas são tratados com respeito, mas com o distanciamento que as relações impessoais requerem.
Na minha república os parlamentares se dão o respeito. Decide quem tem poder pra decidir. Quem não tem tal poder tem todo direito de reclamar, fazer piada e falar mal, mas são encarados apenas como meros palpiteiros.
Na minha república jornalista não aceita tomar café ou lanche junto com os poderosos. As relações são formais e distantes o suficiente pra não sofrer ameaça do tipo vou tirar sua boquinha.
Na minha república jornalistas não aceitam boquinha e nem precisam de diploma, mas têm caráter e não fazem bajulação e nem críticas venais.
Na minha república uma boa parcela dos vereadores de Cuiabá estaria em cana ou teria que trabalhar pra ganhar a vida.
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