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Quarta-Feira, 05 de Setembro de 2007, 08h:53 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:16
Câmara mais ou menos
Os vereadores de Cuiabá, bem como a Câmara Municipal, têm uma avaliação de média a ruim, segundo a percepção dos cuiabanos. É o que revela estudo de percepção aplicado em Cuiabá pela KGM Pesquisas nos dias 18 a 21 de agosto, com 838 eleitores da cidade.
Intitulado “Percepção dos Cuiabanos sobre os Vereadores de Cuiabá”, o estudo seguiu os mesmos princípios de pesquisa realizada em março deste ano pelo instituto, buscando as percepções gerais dos nossos eleitores sobre os deputados federais de Mato Grosso.
Percepção é uma imagem que o eleitor possui sobre algo, seu feeling, uma função cerebral pela qual nós atribuímos valor a tudo, e pela qual interpretamos (percebemos mesmo) o mundo. É um sentido sensorial, portanto, uma sensação. Isto dito para se dirimir eventuais divergências sobre o que significa percepção (é um processo em constante mutação), para não ser confundida com convicção, que por sua vez é uma certeza fundamentada, estruturada.
Sabendo-se que percepção é uma sensação e não uma certeza - logo, que pode mudar em função de diferentes estímulos -, o estudo foca a imagem subjetiva que pulula a mente dos entrevistados sobre aspectos como atribuição de um vereador, sua relação com a sociedade, sua atuação.
É curioso notar, por exemplo, que 65% dos entrevistados não se lembraram em quem votaram para vereador na última eleição (contra 72,2% que não se lembraram em quem tinham votado para deputado federal), assim como que 41,3% dos vereadores defendem, segundo os entrevistados, seus próprios interesses (contra 48,8% sobre os deputados federais).
Quando fizemos o estudo sobre os deputados federais, em março deste ano, estávamos a menos de seis meses das eleições que os elegeram (já os vereadores estão há dois anos e sete meses no cargo), por isso imaginávamos que o indicador de lembrança de voto dos vereadores seria infinitamente menor.
O estudo de agora permite a conclusão de que o fato tempo não foi tão importante nessa comparação, em que pese a alegada falta de memória política dos eleitores. O que se ressalta nessa comparação é a proximidade do vereador com o eleitor. O vereador é o primeiro representante do chamado poder local. Quando se vota em um vereador, vota-se normalmente em alguém próximo, que se possa acionar em diversos tipos de caso.
Essa aproximação pode explicar, por exemplo, dados bastante significativos do estudo sobre os vereadores, tais como 80% não se lembrarem de uma ação importante do vereador para a cidade, enquanto o número sobe para 86% sobre os deputados federais; ou mesmo de 66,7% acharem um privilégio os salários dos vereadores, contra 73,6% sobre os dos federais.
Apesar do estudo mostrar em geral muitas negatividades consistentes sobre a Câmara e sobre os vereadores, eles ainda conseguem ser percebidos com mais positividades que os deputados federais. E esse é um dos fatores importantes para se concluir que, apesar de tantas negatividades, os legisladores municipais ainda gozam de certa credibilidade junto aos eleitores. Não estão ótimos, mas também não estão péssimos. É a isso que chamamos de “mais ou menos”. Voltaremos ao assunto pela riqueza dos dados disponíveis.
Kleber Lima é jornalista pós-graduado em marketing e consultor da KGM Comunicação, Marketing e Pesquisas( kleberlima@terra.com.br / www.kgmcomunicacao.com.br)
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