O ex-deputado estadual e federal Gilney Viana (PT), da corrente minoritária Utopia e Vida, aposta no desgaste do atual presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, na esperança de conquistar a direção nacional da legenda. Sob Berzoini, a sigla tucana enfrentou uma série de escândalos, como do caixa 2, sanguessugas e dossiê antitucanos. Gilney é o único dos seis candidatos fora de São Paulo a se inscrever para a disputa, que acontece em 2 de dezembro - confira detalhes no quadro. Em âmbito regional, Gilney apóia a reeleição da senadora Serys Marly.

   Gilney diz apostar na força dos blocos de esquerda que lançaram-no candidato. "É um bloco de esquerda que apóia a minha candidatura. E isso me diferencia da maioria das chapas", enfatiza. Ele vai concorrer com Valter Pomar (PT-SP), que também entrou na disputa pela Articulação de Esquerda. Segundo o ex-deputado, a corrente Utopia e Vida, a qual faz parte, tentou montar  uma aliança ampla de esquerda que envolvia Pomar, mas tive várias divergências, e cada corrente resolveu lançar um candidato próprio.

    Direção estadual

    Na mesma data da nacional acontece as eleições municipais e estaduais, onde vão disputar as duas grandes lideranças pestistas, a senadora Serys Marly e o deputado federal Carlos Abicalil. Viana seu apoio ao nome de Serys, que busca um novo mandato. "A Serys tem o mesmo propósito que o meu de derrotar o ex-Campo Majoritário. Não concordo com a política de Abicalil. É uma política de submissão ao governo, que faz com que o partido perca a autonomia", disse.  

   Perguntado sobre suas propostas como candidato à presidência nacional da sigla petista, Gilney enfatiza que pretende, uma vez eleito, consultar as bases do partido para tomar decisões e estabelecer um sistema de consulta interna, mais ágil e democrático. "Não podemos esquecer que somos parte do governo. Então temos que ter propostas para o governo. A minha proposta é que o partido construa um programa ou um plano de desenvolvimento sustentável para o Brasil". (Pollyana Araújo)