O médico e vereador Clovito Hugueney (PTB), que teve 4.224 votos no pleito de 2004, diz que vai concorrer à reeleição e adiantou que se licenciará do cargo no próximo mês. Com isso, abre espaço para o retorno à Câmara do suplente Edmilson Prates (PP), que foi vereador de 2000 a 2004. A coligação Trabalho e Progresso (PP/PTB) elegeu três (Clovito, Marcus Fabrício e Lutero Ponce). Lutero deixou o PP e foi para o PMDB. Fabrício se mantém no PP, assim como Clovito no PTB. Edmilson teve 3.501 votos.

   Clovito tem posições contraditórias e polêmicas. Às vezes, da tribuna, esculhamba o prefeito. Em outro momento, faz rasgados elogios à gestão Wilson Santos (PSDB). Havia, até então, expectativa do petebista não se recandidatar, a exemplo da decisão do democrata Luiz Marinho que, após quatro mandatos, concluiu que não quer mais ser vereador.

   "A campanha à reeleição está pronta e basta colocar o adesivo. Nem preciso de muito dinheiro para campanha, tenho trabalho prestado. Fui o que menos gastou na última eleição", se gaba Clovito. Nos bastidores, porém, o comentário é que sua atuação parlamentar é pífia. Ele tenta marcar posição na base do assistencialismo.

   Clovito diz que vai se afastar da Câmara Municipal no próximo mês. Sairá de licença médica, para fazer exames em São Paulo, o que lhe garante rendimento normais de R$ 7 mil mensais enquanto estiver ausente. Diz que vai aproveitar esse período para agilizar as articulações políticas e buscar apoio para sua recandidatura. Diz que sua base será montada entre amigos e familiares. Ele buscará o apoio do tio, secretário-chefe da Casa Civil e deputado estadual licenciado João Malheiros (PR). 

    O problema é que Malheiros e Clovito já tiveram problemas em outras eleições, como em 2006, em que o petebista não apoiou Malheiros na campanha à reeleição. Além disso, ao que tudo indica os republicanos terão candidatura própria em Cuiabá, com tendência de lançar Mauro Mendes, enquanto o PTB de Clovito já "colou" no prefeito Santos. Assim, ao menos na majoritária, Clovito e Malheiros vão estar em campos opostos.